Passei a noite em reflexão para análisar a temporada do Guarani. Eliminação nas quartas de final do Campeonato Paulista, saída na segunda fase na Copa do Brasil diante do Vila Nova (GO) e a décima posição na Série B do Campeonato Brasileiro com 51 pontos ganhos.
Evidente que a arrancada no segundo turno, com a soma de 33 pontos deixa um sentimento de dever cumprido e de otimismo. Ao olharmos apenas este aspecto estamos direcionados a fotografia e nunca olhamos o filme. E neste caso, ele não é muito bonito.
Se fosse dar uma nota de 0 a 10 para a temporada do Guarani eu cravaria uma nota 6,0. Lembre-se que em muitas escolas a média é sete e por isso a avaliação seria um caminho para reprovação. Fato.
Ao analisarmos a temporada do Guarani de janeiro a novembro é impossível ignorar que em boa parte do tempo o clube ficou submetido as decisões equivocadas de gestão de Michel Alves. Que apostou em zagueiros acima de 30 anos, volantes limitados, armadores que não corresponderam e atacantes que decepcionaram.
O final só foi feliz – e automaticamente melhorou a média final – porque Rodrigo Pastana foi contratado em agosto e promoveu uma reformulação com bom indice de acerto, cujo os destaques foram Richard Rios, Jamerson e Yuri Tanque.
Que ninguém se iluda: o Guarani novamente ganhou na loteria.
O Conselho de Administração deve levantar as mãos aos céus por ter conseguido uma arrancada que fez até mais de 14 mil torcedores comparecerem ao jogo final contra a Chapecoense e presenciassem a vitória. Isto não tira de foco o principal: o Alviverde decepcionou em boa parte do ano, flertou com o rebaixamento e foi salvo pelo gongo. Que a lição seja aprendida.
(Elias Aredes Junior com foto de Thomaz Marostegan-Pontepress)