A Ponte Preta realizou reunião do Conselho Deliberativo e aprovou uma previsão orçamentária de R$ 53 milhões para 2023. Todos no clube estão cientes também do montante de aproximadamente 400 ações trabalhistas e na área cível que somam R$ 42 milhões.
Não há como dourar a pílula: é um abacaxi para ser descascado pela Diretoria Executiva comandada por Marco Antonio Eberlin.
Que tem outro desafio indigesto pela frente.
Apesar da manutenção na Série B do Campeonato Brasileiro, a diretoria termina o ano com dois passivos. O primeiro é o rebaixamento no Campeonato Paulista. A torcida poderá encontrar pontos positivos ou uma saída honrosa, mas o fato é que um clube que há pelo menos 25 anos sequer passa perto da Série C do Campeonato Brasileiro, jamais ou em tempo algum deveria disputar a segunda divisão regional. Nunca.
Existem bloqueios de contas? Concordo. As ações judiciais atrapalham o andamento administrativo? Pura verdade. Mas também é verdade é que quem votou na atual chapa queria que as coisas andassem de maneira mais tranquila. Não foi o que aconteceu. O solavanco no Paulistão estava fora dos planos.
Prova disso é que a conjuntura produz o outro desafio: gastar melhor o dinheiro. A Alvinegra teve três reformulações em menos de um ano. A primeira, quando a diretoria entrou antes do Campeonato Paulista. A segunda reformulação antes da Série B e para tentar fortalecer o time após o vexame do Paulistão. E a terceira na janela de agosto e que teve as chegadas de atletas como Elvis e o zagueiro Matheus Silva.
Ajudaram? Muito. Mas qual planejamento financeiro resiste a tantas reformulações? É algo que precisa ser corrigido pela atual diretoria.
A manutenção da base já é um bom sinal para a Série A-2. Agora, é continuar com os pés no chão, minimizar os erros e escalar a humildade como camisa 10. O torcedor da Macaca não suporta mais erros. Independente da diretoria.
(Elias Aredes Junior- Foto de Diego Almeida-Pontepress)