André Marconatto é o novo presidente do Guarani. Vai assumir em abril mas em entrevista ao podcast Bugrecast o recém eleito deu pistas do que pretende fazer no Departamento de Futebol Profissional. Ele disse que pretende seguir a linha do atual mandatário Ricardo Moisés e dar continuidade ao trabalho de Moisés Moura.
Nada contra o trabalho do técnico. Pelo contrário. Demonstrou capacidade, variedade tática e alguma linha de trabalho no comando. Em um clube que tem as finanças na “conta do chá” é até natural efetivar um treinador que veio das categorias de base. O custo é menor e pode até sobrar espaço para contratações de melhores jogadores. Em tese.
Só que algumas perguntas são necessárias.
A principal: existe convicção no trabalho de Moisés Moura? Ou seja, entende-se que ele é o melhor para o Guarani? Vou além: o seu trabalho será defendido nos instantes de solavanco? Nem falo do Executivo de Futebol, Rodrigo Pastana. Esse já tem essa postura. Mas e os integrantes do Conselho de Administração? Estarão na linha de frente ou vão deixar o profissional ser destruído a céu aberto?
Podem contratar Luxemburgo, Guardiola, Dorival Júnior ou Jurgen Klopp. O problema do Guarani nunca foi treinador e sim sua filosofia errática. O que sustentou Daniel Paulista e Thiago Carpini no posto por mais de um ano não foi convicção do trabalho. Foram os resultados. Ou seja, não existia filosofia e ideia de futebol. Foram imprevistos e improvisos que deram certo. É preciso uma ideia, um conceito e uma política para o futebol profissional.
Sem isso, não há treinador que dê jeito.
(Elias Aredes Junior-Com foto de Thomaz Marostegan-Guarani F.C)