O Guarani continua ameaçado pelo rebaixamento. É o Lanterna da competição. Está com 31 pontos. Precisa de quatro vitórias nos últimos seis jogos para sobreviver. Após vencer CRB e o Dérbi 208, vai tentar passar pelo Sport, em Recife. Não é favorito. O baixo astral pode aparecer. De novo. Apesar da pontuação decepcionante e a Série C no horizonte, penso que alguns conceitos não podem ser perdidos.
No segundo turno, o Guarani é o oitavo colocado com 20 pontos. Está seis pontos atrás do Sport, o líder da fase. Ou seja, o jogo talvez não seja tão fácil como muitos acreditam. Podemos afirmar: não é o presente e o futuro que condenam o Alviverde e sim o passado.
Um período marcado por contratações equivocadas, trocas de técnicos infinitas e escolha de jogadores de comprovada limitação técnica. Não, o delírio não apareceu. Este atual time também tem diversas limitações. Jefferson e Emerson não inspiram confiança na lateral esquerda, a dupla de zaga formada por Douglas Bacelar e Matheus Salustiano tem oscilações e atacantes como Reinaldo, Marlon Maranhão e até João Victor ainda mostram dificuldades em alguns quesitos técnicos.
Mas em todas as vitórias, esta atual equipe tem uma virtude: joga segundo as características da Série B. Marca. Luta. Não desiste da bola. Foi assim nas vitórias diante do Mirassol e CRB e agora no Dérbi 208.
O torcedor bugrino faz a sua parte. Torce. Sofre. Busca uma reviravolta. Que hoje parece impossível. Mas já está claro: os responsáveis pelo planejamento do futebol profissional de janeiro até julho levaram o Guarani a esta situação. A consciência liberta. Para que o erro não se repita.
(Elias Aredes Junior-Foto de Raphael Silvestre-Guarani F.C)