A boa relação dos dirigentes de Ceará e Fortaleza demonstra: o futebol campineiro é a vanguarda do atraso

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Conduzido pelo jornalista especialista em finanças Rodrigo Capello, o podcast Dinheiro em Jogo, do Globo Esporte.com traz uma matéria interessante com o presidente do Ceará, Robinson de Castro (na foto é o primeiro da direita para a esquerda). Durante 70 minutos, o dirigente descreve em detalhes o processo de profissionalização da equipe e ainda revela a relação amistosa com o presidente do rival Fortaleza, Marcelo Paz (primeiro da esquerda para direita).

A parceria já rendeu frutos como a administração conjunta da Arena Castelão. Nos dias de jogos, o mandante fica responsável pela administração. Com isso, os fornecedores responsáveis pela praça de alimentação e de outros setores da arena fazem uma negociação conjunta dos dois clubes. Castro não tem pudor em afirmar que estuda o projeto do Fortaleza de fabricar o seu próprio material esportivo.

Ao terminar a audição, é impossível deixar de lembrar dos dirigentes campineiros. Focados muito mais em propagar o ódio e perder tempo com fatos pueris do que tratar o futebol como negócio, os dirigentes de Ponte Preta e Guarani são incapazes de sentar e conversar sobre objetivos comuns.

Não conseguem separar o campo esportivo do administrativo. Província perde.

Pior: as duas torcidas colaboram. Acham que seus times podem andar com suas próprias pernas. Sem depender de nada.

Não conseguem compreender o alcance econômico de um jogo como o dérbi campineiro.

Somos a vanguarda do atraso.

(Elias Aredes Junior)