Final da década de 1970. A Ponte Preta tinha um timaço. Não existia diretor de futebol como Pedro Antonio Chaib. Com astúcia, sagacidade e malícia, comandava um elenco cheio de estrelas. As vitórias aconteciam e traziam alegria. Tristeza e tensão ocorria na hora de renovar o contrato. Não foi diferente com Rui Rei.
O camisa 9 tinha um assessor a tiracolo. Negociava em seu nome. Peri não gostava. Nada evoluía. Pedidos infinitos de mordomias, sem contar o salário polpudo.
Um dia Peri Chaib tentou uma jogada. Chamou os dois para conversar. Logo de cara introduziu a conversa:
– Rui, tudo bem eu entendo que você tenha um advogado e representante. É direito seu. Mas por que fazer isso comigo? Somos amigos, temos parcerias e cumplicidade. Não seria melhor negociar só nós dois?
De modo delicado, Rui Rei disse e desconcertou o diretor:
– Mas doutor Peri, não tem como abrir. Ele é como um pai para mim.
Mas alguns minutos, a negociação não avança e Peri decreta:
– Quer saber? Reunião encerrada. Pai e filho fora daqui!
Discussões acontecem nas melhores famílias.
(Elias Aredes Junior)