A candidatura oposicionista de Chedid na FPF é a prova da incompetência política dos dirigentes campineiros

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Nos últimos 20 anos, Marco Antonio Abi Chedid não decidiu a Copa Sul-Americana e o seu Bragantino só jogou em 1998 na divisão de elite do Campeonato Brasileiro.

Ex-presidente da Ponte Preta e da Liga Campineira de Futebol, o dirigente nunca viveu o sabor de ter decidido o Campeonato Paulista ou de ter diante de si uma torcida doente e fanática.

Chedid, empresário bem sucedido, excetuando-se na década de 1990, quando presidiu a Ponte Preta, nunca esteve nas emissoras de rádio de Campinas e jamais foi estrela de programas de televisivos.

Basicamente, Chedid é um dirigente de um clube pequeno, de projeção média e com uma torcida apenas local. Pense que tal adversidade não impediu o dirigente de arregimentar apoiadores e lançar sua candidatura a presidência da Federação Paulista de Futebol, cujo pleito será no ano que vem.

Eu, se estivesse no lugar de qualquer dirigente do futebol campineiro estaria com vergonha. Raciocínio simples como água.

Os dirigentes de Ponte Preta e Guarani primam muito mais pela incompetência do que pela criatividade. Agremiações sucateadas e quadro de sócios reduzidos é o cenário presente no Brinco de Ouro  e no estádio Moisés Lucarelli.

Imagine que apesar da conjuntura adversa resultados positivos foram colhidos e em qualquer área de atuação cuja política dá o tom, é natural que ocorra a capitalização e a conquista de espaços.

Exemplo prático: Mauricio Macri assumiu o Boca Junior, governou de 1995 a 2007 e deixou como saldo quatro Libertadores no currículo (2000, 2001, 2003 e 2007). Resultado: foi prefeito de Buenos Aires e hoje é Presidente da Argentina.

Se Sérgio Carnielli e seus aliados e os presidentes que conquistaram algo com o Guarani não obtiveram maior projeção estadual e até nacional não é só por falta de vontade e sim incapacidade política para aproveitar os bons momentos.

Chedid pode perder nas urnas do atual presidente Reynaldo Carneiro Bastos? Pode. É até previsível dada a força da Federação no interior. Conseguir viabilizar sua candidatura Chedid prova que no interior seu tamanho político é gigantesco e que os gabinetes dos clubes de Campinas são ocupados por pessoas que não estão à altura da missão imposta pela grandeza de duas agremiações centenárias.

(análise feita por Elias Aredes Junior)