Pode parecer incrível e fora de rumo, mas está é uma das oportunidades raras em que um fato ocorrido no Moisés Lucarelli produz consequências no estádio Brinco de Ouro. Sim, a saída de João Brigatti gera pressão indireta no técnico alviverde Ricardo Catalá.
Apesar de encontrar-se no grupo de classificação, a Macaca oscila demais dentro do gramado e tem uma zaga falha e sem explosão na recuperação e no mano a mano. E agora, por enquanto, as possibilidades de Fábio Moreno dirigir a Ponte Preta interinamente são enormes. Pense: no maior clássico do interior paulista, o seu adversário está com uma comissão técnica provisória.
Existe alguma dúvida sobre a pressão que será feita em cima de Catalá? Porque em caso de derrota no dérbi e pela conjuntura que está desenhada na Ponte Preta, alguém têm duvida sobre a revolta da torcida do Guarani?
Os apressados e proprietários do senso comum vão dizer que clássico tudo se nivela e fica tudo imprevisível. Engano. A Ponte Preta, bem ou mal, fez uma aposta arriscada ao analisarmos o jogo de terça-feira.
Mesmo em casa, a Ponte Preta vai atuar com a obrigação de ganhar sim, mas com conhecimento de que o oponente está tenso não pela sua crise mas porque vai encarar um oponente em transição de comissão técnica. Ou seja, se vira nos 30 e trate de vencer.
(Elias Aredes Junior)