A pergunta que não quer calar: alguns torcedores bugrinos amam o time ou o clube?

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Em diversos artigos neste Só Dérbi, já alertei sobre o comportamento da torcida do Guarani em relação ao comparecimento no estádio Brinco de Ouro. Impossível renegar ao segundo plano os borderôs registrados em jogos decisivos, como diante do XV de Piracicaba (15.816) e Oeste (17.071), na Série A-2 do Campeonato Paulista. O dérbi contra a Ponte Preta foi outra demonstração de força da arquibancada em virtude de 18.078 pessoas terem passado nas catracas do Brinco de Ouro.

Dura é a constatação dos 2.511 pagantes contra o Criciúma e que presenciaram a vitória por 1 a 0. Ressaca pela derrota no dérbi? Distância pequena entre um jogo e outro? Tudo pode ser verdade. Mas a pergunta deve ser feita: uma parte da torcida (vou repetir: uma parte, não é o todo) gosta de quem? Do clube ou do time?

O time emite uma relação contraditória e cheia de altos e baixos. É uma característica do futebol brasileiro. Uma sequência de vitórias e tudo parece deixado no passado. Estádio cheio e festa nas arquibancadas. Duas ou três derrotas e todo mundo fica no pay per view, no rádio de pilha e parece que o desprezo vira marca registrada. O ídolo de hoje vira o cabeça de bagre de amanhã.

Quem gosta e ama o time, independente do rendimento do jogador, tem uma postura diferente. Ele considera aquilo como parte de sua vida e de que sua presença é vital para viabilizar vitórias, melhorias e novos caminhos. Quem ama o clube adota os jogos não como entretenimento, mas como parte de sua vida.  Os jogadores não rendem? Quem o ama clube, cobra, vaia na arquibancada, tem uma participação ativa e sabe que só o protagonismo de anônimos fanáticos e doentes podem fazer com que o rendimento outrora ridículo ganhe um novo sentido.

É ótimo, bom, o Guarani registrar públicos relevantes nos jogos decisivos. Mas seria muito mais interessante que existisse uma alta média de público nas partidas anteriores e que, no fundo, são as responsáveis pelo clube viver os momentos mágicos.

Se a torcida alardeia (com razão) o currículo de dois títulos nacionais e um de âmbito regional, é preciso fazer a tal grandeza com estádio cheio. Em todos os jogos. Sem exceção.

(análise feita por Elias Aredes Junior)

11 Comentários

  1. Fanatismo? Ser doente pelo clube? Isso não. Obrigado. Por mais que eu goste e torça para o Guarani, isso sempre será, para mim, entretenimento. Puro lazer. Nada de tornar um clube de futebol em religião, razão de viver, paixão sem limites ou qualquer coisa assim. Existem inúmeras coisas mais importantes na vida do que futebol. Se eu tivesse muito dinheiro, nunca daria um tostão para o Guarani. Daria dinheiro para ajudar a vencer a fome no mundo, libertar as pessoas das drogas, amparar órfãos e viúvas, etc. É o que eu faço hoje com o pouco dinheiro que me sobra no fim do mês.

    Torço para o Guarani. Gosto muito do clube. Mas não amo o Guarani. Amo minha família, meus amigos e a vida. Pronto. Humildemente, sugiro que todos façam o mesmo.

  2. Tem mta GNT aí que acha que amar o o clube é sair brigando com rival.. ou cobrar o jogador de maneira violenta..
    O que mais se vê é torcedor do time..
    No guarani sempre foi assim..
    Somente os 3 mil que nunca deixaram o time na mão.
    De resto time piora já começa às críticas – mtas vezes mais corneta do que algo construtivo.
    Vide a diferença dos comentários de alguns antes é dps da A2

  3. O Guarani teve quase 7000 torcedores em média em 12 jogos como mandante. Disputando a seria A2 paulista ficou com média maior que 11 clubes da série A1. Nenhum dos jogos nessa média aconteceram em jogos com clubes de “grandes torcidas”, como os demais na A1. Daí um analista vem dizer que a torcida não é apaixonada pelo clube. O que é paixão pelo clube senhor? Na situação financeira que todos passamos o senhor queria estádio lotado em uma terça as 19hs?
    O Guarani não é grande. É GIGANTE! Respeita que tem títulos nacionais, 3 participações em copa libertadores e o maior fornecedor de jogares para seleção brasileira entre os clubes do interior do Brasil.

  4. Que isso hein! Aí vc ganha um milhão de likes aqui do seu colega Pontepretano!
    Comungo da sua opinião. Apesar de considerar o que sinto pela Ponte Preta tbm é uma espécie de amor. E acredito que vc tbm ama o gfc. Porém, na escala de amor, não se compara com família e amigos e a vida em si. Concordo.
    Mas ajudar ao próximo é o que me faz feliz. Faço com frequência trabalhos voluntários e sou doados do Médicos Sem Fronteiras (msf)

  5. Ai vai pedir pra prender o lula????? Cara nos brasileiros precissmos rever nossos conceitos…. realmente a miseria perdula ao nosso redor minha família tempontepretanos e bugrinos.. isso e legal somos campineiros e acredito que campineiro nato e um fos dois se nao….. refe globo funk…

  6. Time fraco…treinador e presidente inexperientes.

    Cheio de dívidas…

    Parcerias desastrosas…

    Resultado: Série C à vista.