A Ponte Preta deve ser vivida e decidida pelos pontepretanos. Políticos devem ficar do lado de fora!

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Como colocar a Ponte Preta nos trilhos? De que maneira unir as alas e produzir dias de paz? Como deixar o ódio, ressentimento e a violência inconsequente do lado de fora? Respondo com uma palavra: política, aquela com viés positivo, a que agrega.

Não posso esperar isso do presidente de honra Sérgio Carnielli e do ex-presidente Vanderlei Pereira. Os serviços prestados por eles não escondem infelizmente uma viés personalista, incapaz de dialogar com os contrários e sequer de acatar sugestões e orientações de subordinados. O pronome Eu está acima de tudo.

Quem pode assumir a missão? Os ex-presidentes. Pedro Antonio Chaib, Marcos Garcia Costa, Nivaldo Baldo, Lauro Moraes são mais do que sócios. São instituições. Gente que doou tempo e até dinheiro para tirar a Ponte Preta do atraso e colocá-la na vanguarda em suas gestões. São quadros com capacidade para transitar em todas as alas e falar com autoridade e boa dose de temperança quais os rumos que podem e devem ser tomados. De preferência, com o apoio do atual presidente José Armando Abdalla Junior.

Uma medida seria urgente por parte destes decanos: lutar pelo fim da influência da política partidária externa dentro do clube.

Sem rodeios: partidos políticos não podem ditar ou influenciar os rumos da Ponte Preta. Isso é missão dos seus associados. Queira ou não, o grupo político de Carnielli sempre esteve próximo aos grupos de poder identificados com partidos progressistas. Os resultados não foram saborosos. Pelo contrário.

Justo dizer que na primeira parte de sua gestão, o então vereador Sebastião Arcanjo, o Tiãozinho trabalhou para que Carnielli tivesse uma proximidade com o prefeito assassinado Antonio da Costa Santos e seu grupo político. Relembre ainda que hoje, o satélite político tem a marca do PC do B, em que até festas são organizadas no Jardim das Paineiras para comemorar aniversários de políticos do PC do B.

Reitero: a vida nacional precisa de uma política saudável. É pela busca incessante que podemos vislumbrar evoluções na saúde, educação, transporte, habitação, cultura, ciência e tecnologia e esporte de base realizada nas escolas públicas.

Mas é danoso quando personalidades políticas usam sua ascendência para ditar os rumos de uma instituição com estatuto próprio.

Essa missão pode e deve ficar a cargo dos ex-presidentes. Seria um passo fundamental para deixar a Ponte Preta na mão dos verdadeiros pontepretanos.

(análise feita por Elias Aredes Junior)