A Ponte Preta no dérbi 196 foi o espelho da atual administração: prometem o céu e entregam o inferno

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Um belo dia o grupo político de Sérgio Carnielli decidiu que era preciso mudar a Ponte Preta. Não havia mais sentido continuar com José Armando Abdalla Junior na presidência do clube e com Gustavo Válio na diretoria financeira. Estava tudo errado. Ninguém prestava. Sim, este jornalista deu nota 3,5 para o ex-dirigente. Mas um cenário é quando a análise é feito por um profissional de comunicação. Ele dá elementos para que os envolvidos no processo tomem suas decisões. Será que os conselheiros e associados pensavam igual? Quem deu autorização para transformar a vida da ex-administração em um pandemônio? Pois é.

Até porque existiam motivos de sobra para defender o legado de Abdalla. Duas vitórias em dérbis, negociações com jogadores que proporcionaram pagar as contas da Ponte Preta e a agremiação pela primeira vez andando sem a presença de um mecenas.

Pouco importa. Carnielli e seu grupo queriam o fim de tudo. Ponto. E Sebastião Arcanjo, o Tiãozinho foi escalado para empreitada. Com a renúncia do presidente, ele tomou a frente do processo. Prometeu mundo azulado e colorido. Aportes financeiros, contratações de reforços, melhoria de estrutura e campanhas de ponta no Paulistão e na Série B de 2020.

O céu virou inferno . Um departamento de futebol sem comando, com decisões claudicantes e patrocinador de um sentimento de paranoia e síndrome de perseguição contra a imprensa. Um festival de erros nas contratações. A imprensa avalizou? Concordo. Estou entre estas pessoas. Mas tivemos a humildade de realizar a mea culpa. E na diretoria da Macaca? Quem veio a publico pedir desculpas? Ninguém.

Fato é que a derrota no dérbi é o reflexo daquilo que acontece nos bastidores. Assim como os dirigentes, o primeiro tempo prometeu flores e condecorações com a vantagem por 2 a 0; no segundo tempo, a incompetência deu o ar da graça e a virada foi consumada. Brigatti errou. Muito. Roger nem se fala. Mas eles não são a causa e sim a consequência de um processo administração que prometia redenção e no fundo parece caminhar para uma autodestruição. Algo precisa ser feito. Antes que seja tarde.

(Elias Aredes Junior- com foto de Álvaro Junior)