Análise dia do Orgulho LGBT: Internacional, Grêmio e São Paulo abraçaram a diversidade. Quando Ponte Preta e Guarani vão encampar institucionalmente a luta contra a homofobia?

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A sexta  feira, dia 28 de junho, marca o dia de celebração do Orgulho LGBT. Internacional (RS), Grêmio e São Paulo quebraram paradigmas e postaram mensagens em suas redes sociais favoráveis a diversidade.

Instituições que de um jeito ou de outro afirmaram em alto e bom que homofobia é crime e deve ser combatido. Ponto para estes clubes. Até agora, nem Ponte Preta ou Guarani utilizaram seus sites ou redes sociais oficiais para se posicionarem a respeito do tema.

Cidade conservadora, Campinas é um local com associação pejorativa no passado a homossexualidade. Um combustível de preconceito que perdura até hoje e que  dificulta ainda mais a luta contra a homofobia.

A consequência foi nefasta, de acordo com dados do Centro de Referência LGBT de Campinas. Os números não são nada animadores. Basta dizer que no Brasil uma morte é registrada a cada 16 horas fruto de homofobia. Entre os anos 2016 e 2017, os indices de violência chegaram a subir 30%.

Os clubes campineiros deveriam entrar neste campo. Futebol é, antes de tudo, um espaço de construção de cidadania. De congraçamento e solidariedade e de construção de identidade.

Os dois clubes campineiros representam comunidades gigantescas, com gente de todo perfil social e econômico. Casados, solteiros, heterossexuais, homossexuais e pessoas com sede de ver o seu time lá em cima. O que justifica um perfil de torcedor ser louvado e outro depreciado? Qual a explicação?

Do mesmo jeito que a discriminação sofrida pelo negro é abominável, idêntico repudio deveria ser direcionado ao publico LGBT vítima de violência diária.

Tanto bugrinos como pontepretanos deveriam olhar para o futuro e ter uma postura cidadã e solidária com esse nicho da população. Em 2019 não deu. Tomara que no ano que vem a realidade seja diferente.

(Elias Aredes Junior)