A temporada da Ponte Preta é ruim. Decepcionante. Um novo revés na Série B e a chegada do estágio do péssimo será realidade. Não há como dourar a pilula. Ninguém absolutamente ninguém merece viver tanto dissabor e por tanto tempo.
Convenhamos: Hélio dos Anjos melhorou e ordenou um pouco do caos que existia. Existe um forte sistema defensivo. A dependência em relação ao atacante Lucca demonstra falhas na concepção e montagem do elenco. Todo protagonista precisa de um protagonista de qualidade. Lucca não tem.
Torcer pela Ponte Preta na atualidade é viver com o coração na mão. É saber que quem está no comando não parece totalmente antenado com as concepções do futebol. O torcedor comum que exerce seu direito de critica a atual diretoria não pode ser tolhido. Tem todo e total direito. Ainda mais com o dissabor de um rebaixamento. O presidente pontepretano precisa lidar com isso. Pois é. “Quem pariu Matheus que o embale”. Frase batida, mas totalmente justificada na atualidade pontepretana.
Só que existe algo pior do que a atual campanha. E pode ser resumindo na seguinte frase: o extermínio da esperança.
Quando o Movimento Renascer Pontepretano ganhou as eleições em novembro de 2021, o motivo da vitória não foi apenas o programa de governo, a promessa de um futebol moderno. O combustível para a mudança era a esperança de que a Macaca viveria dias melhores. E a Chapa DNA Pontepretano representava um modelo exaurido, desgastado, apesar das ótimas intenções e ideias de Eduardo Lacerda, encabeçador da chapa.
Com o atual quadro, o que sobra? A atual gestão mostra um rendimento decepcionante e a atual oposição gera rejeição em boa tarde da torcida. Afinal, não podemos esquecer que os rebaixamentos de 2006, 2013 e 2017 estão na conta do outro grupo político. Detalhe: arranjem outro argumento se você ainda defende que a atual oposição é o melhor para a Macaca porque boa parte dos seus componentes são ricos. O futebol não perdoa ninguém. Rico também cai de divisão.
Não é toa que muitos pedem que a Macaca Sociedade Anônima do Futebol. Quando os homens falham, qualquer fato serve para se agarrar e ressuscitar a esperança.
(Elias Aredes Junior- com foto de Alvaro Junior-Pontepress)