Digo logo de cara: o técnico interino Thiago Cardoso tem maiores condições de analisar o potencial do Guarani do que qualquer cronista esportivo ou dirigente. É ele quem convive com os atletas no vestiário. É ele quem acompanha a evolução clinica e a participação nos treinadores. É a comissão técnica que tem em detalhes as características dos adversários e o que tem em mãos.
Mesmo assim não consigo compreender porque ele tem uma duvida entre Nando e Diego Cardoso como companheiro de ataque para o jogo desta quarta-feira, às 19h15, contra o Vila Nova, em Goiânia.
São dois jogadores de características diferentes e com instantes distintos. Diego Cardoso foi útil no Campeonato Paulista, é veloz, participativo e mesmo ao amargar a reserva em boa parte da gestão de Carpini entrou diante do Sport e fez o gol decisivo.
Pode ser um trunfo e tanto para atuar pelos lados do campo e posicionar Davó como típico atacante, local em que tem um rendimento satisfatório.
Mais: Diego Jussani e Wesley Mattos têm liderança, mas são lentos por natureza. Seria um prato cheio para adversários velozes e com movimentação, como Diego Cardoso e Davó.
Pergunto: o que pode acrescentar Nando? Excetuando-se que é um jogador das mesmas características de Michel Douglas, mais nada. Toda vez que entrou em campo produziu muito pouco e sua participação não fez diferença alguma. Pode ter tido uma passagem interessante pelo Botafogo da Paraíba, mas por enquanto no Guarani é uma decepção.
Você pode argumentar que sua escalação deixaria Diego Cardoso como opção na reserva. Pode até ser. Mas uma análise fria deixará claro que o titular pode e deve ser o atacante vinculado ao Santos. No restante, o provável time deverá ser de: Jefferson Paulino; Lenon, Bruno Silva, Diego Giaretta e Thallyson; Marcelo (Felipe Guedes), Lucas Crispim, Arthur Rezende e Rondinelly; Davó e Diego Cardoso (Nando). (Elias Aredes Junior)