Abordei na segunda-feira a fissura do torcedor campineiro em celebrar reprises de jogos que, no fundo, se constituem em profundas decepções. Mas existem pontos positivos a serem abordados.
Quero enfocar algo que refrescou minha memória no jogo realizado entre Guarani e São Paulo, válido pela decisão do Campeonato Brasileiro de 1986 e realizado em 1987. Seu nome atende por Sergio Donizetti, ou simplesmente João Paulo.
Celebramos (com razão) o talento e e capacidade de nomes como Careca, Zenon e Renato ou do camisa 10 Jorge Mendonça.
Mas João Paulo foi espetacular. Fora de série. Rápido, habilidoso, capaz de dirigir-se com facilidade a linha de fundo, era um jogador fora do comum. Não era o ponto esquerda capaz de voltar ao meio-campo. Ajudar na marcação não era com ele.
Só que tinha uma capacidade incrível para o confronto no mano e mano e seu contra-golpe era mortal. Sinal de que a torcida já poderia levantar da arquibancada porque era gol garantido.
A memória afetiva relembra o pênalti sofrido e não marcado por José de Assis de Aragão ou o segundo gol na prorrogação, em que aproveita-se de uma falha da zaga são paulina e marca um gol espetacular. Detalhe: o Guarani com um jogador a menos.
Pense que o gramado do Brinco de Ouro era irregular e , o artificie do projeto Bugrinho era capaz de driblar, chutar, passar por adversários e de dar assistência para gols.
João Paulo é na dele. Não quer holofotes. Mas todo cronista esportivo campineiro e a torcida bugrina deveriam reverenciá-lo. Diariamente. João Paulo é um gigante do futebol campineiro. Espetacular.
(Elias Aredes Junior)
Ps: já tinha escrito análise semelhante em julho de 2016. Você confere aqui. . Mas não custa reforçar.