Quando abordamos a situação administrativa e financeira do Guarani, o torcedor fica com um pé atrás. Muitos não querem encarar a realidade. Preferem vislumbrar um mundo cor de rosa. Ou pensar no próximo jogo. Nada de planejamento financeiro, apuração de equívocos e melhorias de médio e longo prazo.
As pesquisas e levantamentos feitos pela Pluri Consultoria, sob o comando de Fernando Ferreira, são um instrumento vital de diagnóstico dos clubes. Pois em alguns dados e estatísticas não há como dizer o que Guarani fez nos últimos 10 anos.
Os números não foram acessados por Fernando Ferreira. Não há como saber o que o Guarani arrecadou de Sócio Torcedor desde 2008, nem em relação à bilheteria e nem com receitas de televisão. Não há informações.
Ok, o time viveu um calendário confuso nos últimos dias, com permanências longas nas Séries C e Série A2. Só que tem estadias na Série B, divisão de elite do nacional em 2010 e Campeonatos Paulistas. Nestas ocasiões existia a previsão de pagamento de cotas. Foi bloqueado pela Justiça? Tudo bem, mas qual foi o valor? De que forma? O que aconteceu? Para onde foi o dinheiro?
Não vou colocar a culpa totalmente no atual Conselho de Administração. Seria injusto e sacana.
Mas posso afirmar, com convicção, que se um consultor como Fernando Ferreira não consegue dados tão simples é porque as administrações de Leonel Martins de Oliveira, Marcelo Mingone, Álvaro Negrão, Horley Senna e o atual grupo de poder falharam em alguma instância de fiscalização e organização. Culpa dividida. Igual para todos.
Conseguir dinheiro e montar times competitivos é o desejo de qualquer torcedor. O alicerce é montado em cima de administração transparente e com todas as informações disponíveis a qualquer hora. Tal requisito parece fora de moda no Guarani. Infelizmente.
(análise feita por Elias Aredes Junior)