Nas oportunidades em que comparecia nos treinamentos da Ponte Preta e encontrava o ex-presidente José Armando Abdalla Junior, o dentista aposentado sempre reclamava de minha rigidez com as avaliações. Não se conformava com um artigo especifico em que dei nota 3,5 para a sua administração. A rodada deste final de semana comprovou que este colunista não estava errada.
Primeiro pela colocação final. Ficar em 11º lugar é um acinte para quem tinha uma folha salarial de R$ 1 milhão mensais e queria porque queria chegar a divisão principal. Que repatriou Roger e Renato Cajá. A responsabilidade é do presidente. Ponto. Sendo coadjuvado por Gustavo Valio, o diretor financeiro.
No sábado Jorginho comemorou o acesso com o Coritiba. Disse na entrevista coletiva que as coisas não correram bem na Ponte Preta. Tradução: relacionamento.
Jorginho, de um jeito ou de outro, não se entendeu com a cúpula pontepretana. E o clube pagou caro. Detalhe: nas próprias entrevistas coletivas o técnico Jorginho demonstrava dificuldade em entender criticas ácidas. Mas o dirigente precisa passar por cima de tais problemas.
Recontratar Gilson Kleina parecia uma jogada de mestre, mas virou um pesadelo. Primeiro pelo rendimento pífio de pontuação. Também porque o elenco não “comprou” totalmente as ideias e a personalidade de Gilson Kleina. Neste requisito, o treinador não teve culpa. Os dirigentes da ocasião é que deveriam prestar atenção.
Confesso que de certa forma fui iludido pela estratégia. Fica uma dolorosa lição: por vezes é preferível engolir alguns sapos para colher flores. Talvez Jorginho não conseguisse acesso, mas não apresentaria uma classificação final tão ruim, uma herança da atual administração.
(Elias Aredes Junior- foto- Site Oficial-Coritiba- Divulgação)