Análise: o desempenho do Guarani na atual década é para comemorar ou lamentar?

1
1.276 views

Estamos no último ano da atual década. A paralisação provocada pela Pandemia do Coronavírus gera reflexão sobre aquilo que foi feito. No Guarani, a pergunta surge no horizonte: desde 2011, o Guarani melhorou ou piorou? É uma análise que merece ser revista .

Na parte esportiva, podemos dizer com tranquilidade que o time bugrino melhorou.

Um pouco.

No Paulistão, não podemos esquecer que em 2011 a equipe obteve o acesso após vencer o quadrangular decisivo mas perdendo a final para o XV de Piracicaba. Foi vice-campeão paulista no ano seguinte e caiu em 2013, no ano inicial de Alvaro Negrão. Posteriormente, ficou de 2014 a 2018 na segundona paulista. Um jejum encerrado graças ao bom trabalho de Umberto Louzer no comando técnico e o suporte nos bastidores dado pelo empresário Nenê Zini. A história pode e merece ser resgatada. E quem faz algo de bom deve ser reverenciado.

Na Série B, o Guarani teve altos e baixos. Passou sufoco em 2011 e amargou a queda para a Série C em 2012. Depois, em 2016, a equipe alcançou o vice-campeonato da terceirona nacional graças ao ótimo trabalho do executivo de futebol Rodrigo Pastana e com a assistência financeira do empresário Roberto Graziano. Hoje, se o torcedor bugrino celebra o quarto ano seguido na Série C deve-se ao bom trabalho daquela temporada comandado por Marcelo Chamusca. Que, aliás, deveria receber uma homenagem mais enfática por parte da comunidade bugrina. Uma nota? Entre idas e vindas, um saldo que merece nota 06.

Os presidentes não merecem elogios? Lógico que pelo prisma da atitude de ter contratado tais profissionais ou por ter feito alianças estratégicas lógico que sim. No entanto, apesar da compreensão a respeito dos argumentos para salvar o clube, o fato é que o Guarani terminará a década sem o seu patrimônio, que já tem um novo dono. Terá que recomeçar do zero.

O desavisado poderá argumentar que não havia saída. Pode até ser. Tenho convicção que quando arquitetou a montagem do patrimônio, o então presidente Jaime Silva jamais pensou em utilizar a estrutura como resguardo para os instantes de sufoco e sim como alavanca para o crescimento.

Expectativa? Thiago Carpini já cumpriu uma parte da missão. Que quando a bola voltar a rolar o Guarani pense em evoluir sempre e nunca tapar buraco ou afundar-se na mediocridade.

(Elias Aredes Junior)