A Bíblia Sagrada é uma fonte de sabedoria. No capitulo 3 de Eclesiastes existe a afirmação de que existe tempo para tudo. Tempo de amar, ficar triste e outras atitudes cotidianas. Saber adotar posturas no tempo adequado é uma dádiva. Uma pena que tais atributos estão distantes do atual presidente da Ponte Preta Sebastião Arcanjo, o Tiãozinho.
Na edição desta quarta-feira do jornal Correio Popular, o dirigente gastou letras e tintas para defender o projeto de clube-empresa. Afirma que é o único caminho.
Defende tal ideia no momento em que a Ponte Preta está na zona do rebaixamento do Campeonato Paulista, está prestes a disputar jogos decisivos pela Copa do Brasil e com um clássico com o Guarani pela frente.
Tudo isso com o pano de fundo de contar com um executivo de futebol (Gustavo Bueno) com a credibilidade destruída junto a torcida. São problemas mais do que urgentes e que mereceriam declarações e justificativas do presidente pontepretano.
E o que ele faz? Tece comentários sobre um projeto que sequer foi aprovado no Congresso Nacional. Nem como cortina de fumaça funciona.
Quem ocupa a presidência da Ponte Preta deveria contar como característica estabelecer um canal de diálogo com o torcedor. Mesmo que as respostas não agradem a opinião pública. É do jogo.
Tiãozinho faz o caminho contrário. Faz uma fuga completa da realidade e de quebra deixa enfurecido um torcedor que deseja apenas neste momento evitar um vexame sem precedentes.
Este jornalista nunca escondeu sua predileção pelo modelo de clube-empresa. Mas tem o discernimento suficiente para constatar que tudo deve ser discutido, debatido e encontrar eco nas arquibancadas. E no tempoi correto. Que não é agora. Não se pode fazer a imposição de uma pauta apenas por vontade própria.
Ninguém quer saber de planilhas, venda de ações ou slides de power point. A tarefa urgente de um presidente de um clube de massa como a Ponte Preta é focar 100% de sua atenção no futebol e nos confrontos restantes do Paulistão.
Porque deixar o time cair para a Série A-2 é a senha para o atual presidente pontepretano entrar pela porta do fundo da história. E ninguém mais ouvi-lo. Espero que acorde.
(Elias Aredes Junior)