Análise: Quem tem apreço pela democracia na Ponte Preta?

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Como sou responsável por grupos de discussão do Só Dérbi no Whatsapp sempre fico antenado com aquilo que é debatido dentro dos grupos fechados no Facebook, pois prints são compartilhados ali ou me passam no privado.

E alguns prints são enviados especialmente por aqueles que são oposicionistas ao atual grupo político reinante no estádio Moisés Lucarelli. Reclamação presente e justa: a presença de pessoas que querem desqualificar e se possível exterminar qualquer voz dissonante em relação aos interesses do presidente de honra, Sérgio Carnielli.

Os conselheiros independentes merecem críticas? Muitas. Especialmente por não desejarem se assumir como oposição de fato e de direito. Compreendo e concordo que eles têm uma postura fiscalizadora e que apontam os erros da atual administração. Agora, o raciocínio é lógico: se fazem críticas e são contrários ao atual grupo, logo são oposicionistas. São dois? Três? Quatro? Não importa. Se querem a saída dos atuais ocupantes, logo estão do lado contrário.

Considero um erro postergar a apresentação e a definição de um candidato ou uma liderança. Afinal, se existe algo que o torcedor da Ponte Preta sente falta é viver um sentimento de esperança, de que dias melhores virão. Se vier personificada em uma pessoa ou grupo, melhor.

O que foi pontuado acima são criticas e análises sobre o que fazem os conselheiros contrários ao atual estado de coisas. Bem diferente é desqualificar. É transmitir a sensação de que os textos e as ideias transmitidas por esses conselheiros são desprezíveis e que não levam a nada. Defender e dizer que só existe “Blá Blá Blá” demanda desconhecimento e ignorância do que é a política, seja na vida social ou em clubes de futebol.

Quem está fora do governo, de qualquer governo, tem uma única tarefa: fiscalizar e transmitir por intermédio de ideias ou textos aquilo que faria se estivesse no lugar de quem ocupa o posto. É assim que funciona qualquer sistema democrático. Respeito e incentivo a circulação de ideias.

Infelizmente, pelo que se vê, muitos daqueles que apoiam o atual grupo político reinante no Majestoso são adeptos do totalitarismo. O que seria? É um sistema político autoritário e repressivo, em que o Estado controla todos os cidadãos, os quais não possuem liberdade de expressão nem participação política.

Alguns parecem ter o desejo de assistirem a isso na Ponte Preta. Uma pena.

(Elias Aredes Junior)