Na entrevista coletiva concedida na tarde desta segunda-feira, o presidente do Guarani, Ricardo Moisés, refutou os ataques da oposição em relação a Assembleia de Sócios realizada no dia 05 de março. Segundo ele, tudo foi feito dentro do estatuto. (confira o áudio no final do post).
Um fato chamou atenção: a priorização total ao dérbi. Tanto que Moisés anunciou que a equipe treinará fora de Campinas. A meta é livrar-se da pressão e do burburinho do processo eleitoral. Ele não faz isso à toa. No fundo, no fundo, mesmo após a realização do evento eleitoral, Ricardo Moisés deixa a impressão que quer transformar aquilo que acontecer no dia 16 de março em legado político. De preferência, com a vitória.
Basta um pouco de raciocínio. O último presidente a vencer um dérbi foi Marcelo Mingone, em abril de 2012 e válido pelas semifinais do Campeonato Paulista. Álvaro Negrão disputou em 2013 e perdeu em casa. Após cinco anos, a partir de 2018, Palmeron Mendes teve saldo amargo : disputou quatro clássicos como presidente e perdeu três. E coletou um empate. Herança pífia.
Ricardo Moisés disputou o primeiro no Brinco de Ouro no dia 09 de novembro. Não saiu do 0 a 0. Se vencer na segunda-feira, sob qualquer conjuntura vai tirar vantagem: se for reeleito, poderá utilizar os três pontos conquistados como anúncio de um novo tempo; se perder para a oposição, deixará um gosto de “Quero Mais”.
Ele está errado? Nada disso. O torcedor bugrino encara o dérbi como um Campeonato á parte. Se vencer a peleja, o dirigente poderá dizer que fez o torcedor sentir o gosto de título. E de formação de legado. Para quem deseja fazer história isto é bálsamo para os ouvidos.
(Elias Aredes Junior)
Confira a declaração de Ricardo Moisés sobre a crise política: