Análise Tática Dérbi 192: Dois times de estilos opostos fazem um jogo interessante

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Jogos podem exibir tendências. Características de diversas escolas. O dérbi 192 disputado na tarde deste sábado exibiu o modelo do futebol de toque e cadenciado do Guarani contra o método rompedor e de força da Ponte Preta.

As escalações não traziam surpresas. Na postura, nem tanto. O Guarani colocou-se nos minutos iniciais claramente atrás da linha da bola e deixava que a condução ficasse a cargo do volante e capitão Ricardinho.

A resposta da Macaca era trabalhar a bola pelo lado esquerdo, tanto para impedir o avanço do lateral Kevin como para explorar as fragilidades do zagueiro Philipe Maia. A Alvinegra balanceava o seu jogo e apostava na força física de André Luiz. Aliás, inteligente suficiente para explorar as debilidades de Pará.

Precaução? Reginaldo praticamente como um segundo lateral, pronto para auxiliar Nicolas para impedir as penetrações de Matheus Oliveira e as triangulações com Jeferson Nem e Rafael Longuine. Não é possível dizer que fracassou. Pelo contrário.

Tudo ficou no meio do caminho em determinada passagem do primeiro tempo. Erros de passes, nervosismo e faltas violentas colocaram em risco dos dois rivais. O Guarani por exemplo quase perdeu Pará. Só não foi expulso pela falta de autoridade do árbitro Graziani Rocha.

Brigatti mudou o rumo da prosa na etapa final. Bruno Ramires, mais técnico e de chegada ofensiva substituiu o afoito Nathan além da entrada de Orinho em lugar de Hyuri, lesionado.Adiantar a marcação arrebentou com a saída de bola bugrina, falha na obtenção da segunda bola. Flertava com o azar pois Pará não segurava André Luiz no setor ofensivo.

Com o passar do tempo, o aspecto físico virou aliada da Macaca e adversária do bugre. Sem explosão física e capacidade de recomposição, os erros de passe tornaram-se comuns e culminou com a falta de tempo de bola de Ferreira culminou com um pênalti claro que não foi marcado por Graziani.

Moral da história: os dois times mostraram que têm estilos definidos e podem realizar campanha decente. E que Brigatti tem todo direito de reclamar pela arbitragem que lhe tirou a chance de vitória.

(análise feita por Elias Aredes Junior)