Ânsia pela terceirização seria confissão de culpa de incompetência da diretoria do Guarani?

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Durante a semana, este Só Dérbi noticiou as dificuldades enfrentadas pela atual diretoria do Guarani para convencer os conselheiros sobre a importância de aceitar a proposta de terceirização do empresário Roberto Graziano, detentor no futuro do estádio Brinco de Ouro da Princesa, graças a acordo firmado na Justiça do Trabalho.

Aqueles que são favoráveis à proposta alegam que não existem recursos e o Alviverde precisa adquirir competitividade em curto prazo. Não dá mais para suportar a demora pelo aparecimento de um novo dirigente que saiba montar um bom time e viabilizar bons resultados.

O último com sucesso? A dupla formada por Rodrigo Pastana e Marcus Vinícius Beck Lima, responsáveis pelo vice-campeonato da Série C em 2016. As boas campanhas em 2009, 2011 ou 2012, seja em Campeonato Paulista, Série A-2, Série B e outras competições de menor envergadura, viraram muito mais os méritos de jogadores e treinadores de plantão do que dos cartolas escalados. Um novo Beto Zini? Um Leonel Martins de Oliveira da década de 1970? Ricardo Chuffi? Michel Abib? Esqueça.

Talvez este seja o ponto. Se um dia implantar a terceirização, o Guarani admitirá ao Mundo do Futebol que não tem mais capacidade de andar com as próprias pernas. Sequer lida com escassos recursos. Será uma confissão de incompetência.

Querem um exemplo: eleito como exemplo de terceirização bem sucedida, o Londrina tem um presidente, Claúdio Aparecido Canuto, que é totalmente ausente do noticiário em nível nacional. Não pode dar qualquer opinião ou arbitrar sobre problemas ocorridos no departamento de futebol. Por que? O controlador e “presidente” de fato do Londrina chama-se Sérgio Malucelli, que estabeleceu um acordo com 20 anos para ministrar o futebol do Tubarão e sem dar satisfação a ninguém.

Lógico, você argumenta de maneira rápida de que o Londrina hoje é integrante da Série B e vencedor da Primeira Liga e que isso por si só justifica a operação. Será? Vale a pena você morar em sua casa e ver alguém mexer em tudo e sem dar satisfação?

A terceirização só é analisada no Guarani não por causa de sua situação financeira, e sim pela queda de qualidade de seus dirigentes. Se a qualidade de gestão continuar assim, não haverá outra saída. Felizmente ou Infelizmente? Fica a gosto do freguês.

(análise feita por Elias Aredes Junior)

2 Comentários

  1. O Bugre precisa voltar às origens. Revelar e segurar jogadores pelo tempo necessário para lucrar com a venda, e ir renovando sempre com novos valores.

    Precisa ser administrado por gente honesta e compromissada com a instituição.

    Contratar especialistas do futebol pra ajudar o clube a ser mais competente e atrair patrocinadores.

    É simples. Basta executar.
    Terceirizar é passar o clube para alguém vai EXPLORAR. Visando apenas o lucro, custe o q custar.