A Ponte Preta anunciou na tarde desta quarta-feira, dia 27, a renovação de contrato do lateral-direito Apodi. A primeira vista pelo que se viu no gramado, não há o que contestar. São 50 partidas, cinco gols e 12 assistências. Produtividade máxima. Apesar da resistência de alguns em relação ao seu futebol.
Parece fora de prumo depositar tanta esperança em um atleta de 34 anos. A desconfiança não tem embasamento de levarmos em conta o histórico recente da posição na agremiação. Antes da chegada do ex-atleta do CSA e Chapecoense, a Macaca colheu uma série de fracassos com atletas dos mais diversos perfis.
Na Série B de 2018, os técnicos Eduardo Baptista, João Brigatti , Marcelo Chamusca e Gilson Kleina utilizaram quatro jogadores na posição. Tony ficou menos de dois meses e rescindiu contrato. Ruan não se firmou e o titular foi Igor Vinicius, que atuou em 30 partidas e depois foi ao São Paulo e com moral alta.
No ano seguinte, os desencontros foram intensos. Arnaldo veio com o cartaz por ter jogado com as camisas de Ituano e Botafogo (RJ). Não se firmou. Diego Renan foi testado e não embalou e até Edilson, destaque com o Brusque, campeão da Série D, foi arregimentado. Fracasso.
Com a chegada de Apodi, apesar de alguns confrontos decepcionantes, é inegável que a Macaca recebeu dois jogadores em 1: um lateral capaz de desafogar e por vezes o atacante que atua como elemento surpresa.
Tem limitações? Muitas. Mas pense neste breve retrospectiva e verá que seu protagonismo ficou aguçado. A incompetência alheia do passado abriu caminho para a renovação.
(Elias Aredes Junior)