Arquibancada: A falta de objetivos castiga a Ponte Preta na Série B

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Pontepretanos e pontepretanas, vocês ouviram algum discurso de diretores, presidente e/ou gerente de futebol a respeito dos objetivos da Ponte Preta para 2018? No início do ano ou mesmo no campeonatos disputados, alguém da cúpula assumiu algum compromisso com a torcida acerca do que se esperava? Qual objetivo – real – da equipe no Paulistão? E na Copa do Brasil, Brasileiro Série B? Quando montaram o time esperava-se o que? Sinceramente, não me lembro de ouvir do comando alvinegro o que eles e a torcida poderiam esperar depois do fatídico 2017.

Algumas coisas me assustaram em Araraquara mais do que o fraco futebol apresentado pelo time. Ficou evidente que a torcida está saturada do que vem ocorrendo rotineiramente pelos lados do Majestoso. Alguns torcedores, logo no aquecimento, em tom de cobrança, mandam recados para alguns jogadores. E quando a bola rola a cobrança é geral, principalmente tomando um gol logo aos cinco minutos de jogo. Eu nunca fui a um jogo da Ponte com tal nível de reclamação e, até certo ponto, exagero nas “cornetadas”.

Mas isso é puro reflexo de atitudes da direção. Não há diálogo com o torcedor e quando ele ocorre é ineficiente. Por isso, ele pensa somente no imediatismo. O que importa é o resultado daquele jogo. Como o time voltou a atuar de forma medíocre e totalmente perdido em campo, a torcida se desespera porque não sabe o que esperar dos mandatários até o final do ano. Ela é muda, omissa e ineficiente – beirando o despreparo e a incompetência.

Um clube sem objetivos claros se torna refém de suas próprias indecisões e escravo de um objetivo que não é o nosso. Ao que parece, o intuito maior é valorizar jogadores de parceiros comerciais e não os da base. Nosso foco nessa Série B deveria ser a taça! Em um campeonato de nível técnico tão baixo, um clube como a Ponte Preta deveria assumir o protagonismo.

Vão falar que não tem dinheiro para isso, mas o pouco que tem gasta terrivelmente mal. O ano de 2017 foi um assombro de verba e de dívida ainda não justificadas e que são inexplicáveis. Queimaram dinheiro antes e vivemos na pindaíba em 2018. Pior que isso é não termos um time confiável e que passe tranquilidade às arquibancadas.

Um cara com o DNA da Ponte Preta como João Brigatti não pode ser queimado pela falta de objetivos de seus comandantes. Nosso problema não é técnico e nem jogador, e sim um comando diretivo que não é capaz de cortar o cordão umbilical para comandar a Macaca com transparência, integridade, visão de futuro e, principalmente, projetando o melhor da instituição e não de meia dúzia.

(análise: André Gonçalves)