Arquibancada: A oscilante Ponte Preta

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A instituição Ponte Preta anda oscilante dentro e fora de campo. Vivemos uma gangorra de emoções tanto nas quatro linhas como nos bastidores. Uma demonstração disso é que, quando passamos de fase na Copa do Brasil ao eliminar o Náutico, a diretoria vibrou mais com o dinheiro extra que estava entrando do que pelo resultado conquistado.

Hoje, completam-se duas semanas da declaração do presidente da Ponte Preta, José Armando Abdalla, sobre a “chegada de dois ou três jogadores de envergadura para a Série B”. Quando falamos que alguns atletas não se ajudam por conta de oportunidades dadas e suas atuações serem abaixo da crítica, isso serve para os dirigentes também.

O fato é que o dérbi tornou-se um jogo isolado para Ponte Preta e a verdade é que não soubemos “surfar” nas ondas que uma vitória diante do maior rival poderia proporcionar. Uma coisa não apaga a outra e os quatro jogos daquelas duas semanas foram bons (os dois da Copa do Brasil contra Flamengo, o dérbi e contra o Vila Nova), mas tivemos uma queda brusca depois disso e, ao invés de evolução, acabamos não embalando. Até natural para um time em formação, mas com a terceira derrota no campeonato dentro de casa é bom ligar o sinal de alerta.

A torcida está “cabreira” e coberta de razão. Afinal, o círculo vicioso tem se tornado rotina e resultados com desfechos já conhecidos. As coisas estão melhores que no início do ano, mas ainda não estão ideais para o time, pelo menos no que diz respeito aos torcedores, que anseiam pelo acesso à Série A de 2019. Essa vontade não foi vista pelas ações da diretoria. Pelo menos eu não vi.

Ainda há tempo para ajustes e melhoria técnica e aumentar a capacidade criativa do time para buscar esse objetivo. Para isso, precisa ser cirúrgico nas contratações e, apesar de variáveis de adaptação e tudo que envolve um jogador ter sucesso em um time, estamos findando maio. É tempo suficiente para Ronaldão, que está na Macaca desde 20 de dezembro de 2017 como diretor, avaliar mercado e mostrar trabalho.

(análise: André Gonçalves)