Confesso que tenho dificuldades em individualizar aspectos positivos e negativos em um jogo coletivo. É diferente você apontar para uma má finalização ou uma falha no domínio de bola e até mesmo um “frango” do goleiro bem como um golaço ou um drible.
É ainda mais complicado em um time tão heterogêneo como o da Ponte apontar quem está bem ou quem está mal. Todos do elenco são bem nivelados, porém alguns se destacam mais que outros.
Desde sua volta à Macaca, Danilo Barcelos fez um grande jogo – o dérbi – e outros nem tão bons assim. O que chama atenção é que ele não tem acertado as coisas mais simples de seu jogo. A pisada na bola frente o Coritiba é emblemática e ilustra seu mal momento. Não tem acertado muita coisa e, quando acerta, não é “consagrado” pelo atacante. Não vejo falta de vontade em campo. O que parece é, talvez, um pouco fora de forma. Na Ponte desde abril, deveria estar em melhores condições físicas.
Vejo como principal motivo para não ser sacado do time titular pela falta de opção. Ele não é – e nunca foi – um primor técnico. Aliás, se fosse, o Atlético-MG não o emprestaria. Concordam? Mas apesar dos pesares e com grandes dificuldades em acertar jogadas é nossa melhor opção na posição. Preferem Danilo ou Saraiva? Danilo ou Neto Costa?
Até a confiança voltar e suas jogadas começarem a sair com maior naturalidade, se eu fosse o técnico Brigatti, tiraria ele das bolas paradas – escanteio e faltas – para que tenha tranquilidade e volte a acertar primeiro o básico: passes, domínio de bola e cruzamentos.
Assim, ele se concentra somente no mais simples de seu jogo. Dessa forma errará menos e, automaticamente, seu jogo pode voltar a ser tão importante quanto foi no dérbi.
(análise: André Gonçalves)