Gustavo Bueno foi anunciado como novo executivo de futebol da Ponte Preta. Apesar da contrariedade de muitos torcedores, o momento é de reflexão e de planejamento. Busca de pontos a serem atacados pelo novo dirigente para transformar a Alvinegra em uma equipe competitiva para a Série B do Campeonato Brasileiro.
O passo inicial é transformar o time em elenco. Hoje podemos dizer que a Macaca tem um time em crescimento técnico, mas que padece de opções confiáveis para entrar durante os jogos. Buscar contratações capazes de modificar os duelos é a missão de Bueno.
A discrição é uma tarefa que se impõe para Gustavo Bueno. Como José Armando Abdalla está na linha de frente, isso dará tempo para que o novo dirigente faça um trabalho de decupagem de tudo que ocorre nos bastidores e detectar que estruturas padecem de um enfoque mais pormenorizado. Exemplo prático: o que fazer para que médicos e fisioterapeutas tenham melhores condições de trabalho? Como dialogar com a diretoria para resolver esse drama que trava um trabalho que já é bom?
Isso preservará sua imagem junto a opinião, cuja boa parte está ainda ressentida pelo péssimo trabalho no Campeonato Brasileiro de 2017. Detalhe: o então presidente Vanderlei Pereira não pode ser isento do fracasso.
Para terminar, Bueno terá a tarefa de construir um “muro imaginário” que isole o dia a dia do departamento de futebol da crise política da Alvinegra. Os dirigentes estão em pé de guerra e muitos daqueles que são contrários a atual gestão por vezes não medem as consequências dos seus atos. Sem um trabalho pormenorizado e detalhista, não é difícil um desastre acontecer. Blindar o vestiário, encurtar a proximidade com a comissão técnica e estabelecer um diálogo constante com os departamentos são medidas salutares que podem ser adotadas por Gustavo Bueno.
O que importa é que a nova era de Gustavo Bueno começou na Ponte Preta. E seu trabalho não será diminuto.
(Elias Aredes Junior)