A diretoria de futebol do Guarani anunciou que o primeiro treinamento sob o comando de Roberto Fonseca será no gramado do Belog, pertencente ao Exército Brasileiro. Tudo para preservar o gramado do estádio Brinco de Ouro. Em contrapartida, o Centro de Treinamento fica reservado para as categorias de base.
Este pequeno anuncio demonstra novamente que se por um lado, Roberto Graziano não pode ser crucificado em virtude de ter quitado as ações trabalhistas, por outro lado ele recebeu um patrimônio de grande valor – o complexo do estádio Brinco de Ouro – e que tinha como contrapartida a construção de uma nova Arena, um novo Centro de Treinamento e uma sede social.
Ok, vamos aceitar o argumento do Conselho de Administração sobre a demora para encontrar um terreno para um novo estádio. Agora, o que justifica a demora pela construção de um novo Centro de Treinamento? Especialmente porque a partir do ano que vem, a CBF não vai autorizar treinamentos no mesmo local em que os jogos forem realizados. E então? O Guarani vai viver de improviso? Eternamente? E vou além: se existe o encaminhamento de uma solução esta não foi devidamente anunciada e esclarecida a torcida bugrina.
Nunca é demais recordar. A sentença judicial foi emitida em 2015 pela juiza Ana Cláudia Torres Viana e até agora não apareceu qualquer perpectiva de solução de um problema. Enquanto isso, clubes como Mirassol, Criciúma, CRB contam com Centros de Treinamentos muito mais ajeitados do que o Guarani.
Viver de improviso uma vez todo mundo entende. Agora, se em 2020 o “puxadinho” prevalecer apesar da sentença judicial poderemos chegar a conclusão que tanto Roberto Graziano como o atual Conselho de Administração não adotaram as medidas corretas para resolver algo tão urgente e necessário.
(Elias Aredes Junior)