Camilo, Ponte Preta e a necessidade de dosar a energia. Para o bem de todos

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Qualquer pontepretano sensato e ávido por uma campanha redentora na Série B do Campeonato Brasileiro reconhece que qualquer níquel de redenção passa pelos pés de Camilo. Contratado para ser o dono da companhia desde 2020 e com respaldo pelo bom desempenho no Mirassol, o jogador por enquanto é uma decepção. Todos reconhecem sua luta e dedicação, mas nada acontece.

Disputou 19 partidas seguidas e contra o Brasil (RS), em Pelotas, Camilo saiu aos 24 minutos do segundo tempo contra o Brasil para dar entrada para Thalles. Quero propor uma reflexão ao torcedor:pensar em alternativas para aproveitar ao máximo o atleta. Sim, algo está fora da ordem.

Talvez a mudança de postura tenha que vir do jogador. Posicionado na linha de frente ao lado de Rodrigão, Camilo corre e se desdobra. Marca a saída de bola, busca o jogo pelos lados do campo, compacta no setor de meio-campo quando ocorre necessidade e não se furta a dar carrinho quando necessário.

Só existe um detalhe: Camilo tem 35 anos. Concordo, a fisiologia e a ciência de esporte evoluíram ao ponto de proporcionar rendimento de um atleta acima de 35 anos que antigamente seria impossível pensar, planejar e executar. Só que consequências existem. Camilo não é mais o jovem de 25, 26 anos que  buscava um lugar ao sol no Botafogo de Ribeirão Preto. Ele tem limites. Correr de 10 a 12 quilômetros duas vezes por semana quando se ostenta o vigor da juventude é um cenário.

Quando a idade chega, o quadro é outro. Como com qualquer um de nós.

E neste ano o diálogo seria necessário. Para encontrar um lugar e um maneira de jogar que contemple a performance máxima de Camilo e se reverta em benefício para a Ponte Preta.

Camilo é protagonista. Pode e deve melhorar. O conformismo não pode prevalecer em relação a um jogador que nunca negou dedicação. Só precisa dosar.

(Elias Aredes Junior-Crédito da foto: Diogo Almeida-pontepress)