O que mais tenho lido nos últimos dias são torcedores com saudades do futebol. O sonho de assistir a uma partida. Qualquer uma. Pode ser uma de quarta divisão ou até de torneio amador. O que interessa é buscar reativar o prazer de ver a bola rolar. O torcedor do Guarani não é uma ilha.
Estava feliz com a campanha do seu time. Thiago Carpini montou uma equipe competitiva, forte e somou16 pontos. Livrou-se do rebaixamento. Ganhou o dérbi. Fez a festa. Mesmo enclausurado devido a quarentena.
A paixão está lá. Presente. Forte. Mas travada. Isso quer dizer que viveremos uma época de reclusão no futebol? Nada disso!
Se não há jogos, atletas e lances para comentar nada melhor do que exibir sua paixão. Em tempos normais, você andaria com sua camisa pelas ruas de Campinas. Bateria um papo com os amigos e a camisa seria a confissão pública do amor incondicional pelo Guarani.
Saída? Que tal pendurar uma bandeira ? Pode ser na janela de casa, do apartamento, no portão automático ou até no muro. Em que todos possam ver.
Qual o objetivo? Simples: seja qual for a distância, mesmo que na sala ou na varanda, muitos vão saber que ali mora um bugrino. Alguém que já sofreu, viveu decepções, alegrias e está de pé. E que agora, mesmo em um momento triste do planeta Terra encontra no futebol uma razão para viver e transferir amor e empatia. Camisa ou bandeira na varanda. Abrace essa ideia.
(Elias Aredes Junior)