Com novo uniforme, Topper faz algo raro na Ponte Preta: obediência ao estatuto!

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O lançamento do novo uniforme da Ponte Preta provocou uma comoção nas redes sociais. Contra e a favor. Os contrários reclamam sobre a troca por uma marca supostamente inferior. Os apoiadores celebram a volta do “uniforme raiz”, com o formato original, reinante nos anos 1970 e 1980.

Algo passa despercebido. A Topper nada mais fez do que cumprir o estatuto. Precisou um elemento externo, sem envolvimento com a história e as tradições da Alvinegra, para colocar tudo no devido lugar. Nada de uniforme amarelo, azul ou totalmente preto. Só aquilo que está prescrito na lei. Nada mais.

Detalhe: tal equívoco foi apontado por anos e anos por conselheiros de oposição e o então presidente Mauro Zuppi não tomou providências. Sinal de que a Macaca parece desconectada de sua própria história.

Para quem considera exagero do colunista, o artigo 116 afirma, em primeiro lugar, que as cores do clube são o preto e o branco. Na sequência, o artigo 119 crava: “Em nenhuma hipótese será admitida qualquer alteração na bandeira, no escudo, no distintivo e nem nas cores branca e preta”. Ou seja, a Topper está em concordância com aquilo que é estipulado pela lei máxima da agremiação.

Mais: o artigo 120 relata que “Os uniformes esportivos serão nas cores preta e branca, com uma faixa transversal na esquerda, iniciando-se no ombro, para a diretoria, indo até a cintura, na parte frontal, conforme registro na Federação Paulista de Futebol”. O artigo 121 estipula que que qualquer alteração pode ser feita mediante proposta da diretoria executiva e com aprovação do Conselho Deliberativo.

Para arrematar, o artigo 122 do estatuto: “Dentro da simbologia e padrões inerentes à tradição pontepretana, deverão ser mantidas as cores alvinegras, ou seja, dando ênfase ao preto e ao branco, evitando-se a inserção ou aplicação de outras cores em seus uniformes, símbolos, escudos, bandeiras, materiais esportivos e materiais de patrocínio, em todas as atividades que praticar”.

Independe de você gostar ou não do novo fornecedor, considero, sem ironia, que um agradecimento deveria ser encaminhado a Topper. Que com um simples gesto mostrou ter mais conhecimento, respeito e sensibilidade pela história da Macaca do que muitos daqueles que estão sentados nas salas de ar condicionado do estádio Moisés Lucarelli.

(análise feita por Elias Aredes Junior)

9 Comentários

  1. Até que enfim pararão aquelas ridículas e ofensivas camisetas sem faixa, ou com faixa invertida, ou vermelha, ou azul ou amarelão igual a diretoria. Camiseta comemorativa de que?
    Rebaixamento? Perda de título? Aumento de dívidas? Saída de jogadores como Potker, Galhardo, Reinaldo?
    Até que enfim….

  2. Parabéns a Topper ….respeitou nossas tradições, nossa história !!! ….chega de camisa colorida !!! …. obrigado Topper !!

  3. Só acho que foi o Abdalla que exigiu isso. A Topper topou, apenas isso (coisa que a Adidas não fez, e os bolhas da Diretoria anterior se curvaram).

  4. Elias,
    É incrível como você sempre procura uma brecha, em tudo, para tentar fazer fumaça e criticar a Ponte Preta. Saiba você que não partiu da Topper esta iniciativa de voltar às origens. Todo mundo que acompanha, minimamente, a história da Ponte Preta, sabe que este time é um dos poucos que se identifica com esta nova qualificação da moda “raiz”. A torcida da Ponte sempre e explicitou sua preferência pelo tradicional, até em canto de guerra, se você não sabe e, não deve saber mesmo, pois não faz parte de suas preferências frequentar o Majestoso – tradicional Majestoso.
    Voltando ao tema, foi iniciativa da diretoria da Ponte Preta, atendendo a uma reivindicação da torcida, colocar como item de negociação com os fornecedores, o respeito às origens. Por favor, se informe e comprove. Por favor, pare de tentar jogar a torcida contra a diretoria. Vá comentar as notícias do guarani que você ganha mais.
    Ariovaldo Casimiro Nesso

  5. Por favor, deixe o Só Dérbi fazer o seu trabalho e se você quiser elogiar a diretoria tem outros espaços. E outra: tem outros espaços para você elogiar…é só querer. Aliás, um detalhe: você Ari só vem aqui pra criticar meu trabalho? Por que não com outros cronistas…Será que é só questão profissional mesmo?

  6. Sr Ariovaldo Nesso, saber q o sr e puxa saco da diretoria, ja percebemos, q o sr deve ser mais um assecla do presidente de honra , aquele que contraiu divida de 100 milhoes tbm, agora empresa nenhuma vai fabricar uniforme sem anuencia da diretoria, e o sr como conselheiro tem o dever de zelar pelo estatuto social, nossa carta magna, e nao o fez e nao o faz, pois nao o vi cobrar penalidade a diretoria q permitiu azul amarelo vermelho com faixa sem faixa com faixa errada, o sr e daqueles q corrobora com a Ponte do food truck ou da fanfest, a PONTE e do povao, nao da ELITE, parabens pela materia Elias !!

  7. A diretoria da AAPP é muito competente mesmo. Competente em mentir, passando ao torcedor a ilusão de um clube altamente estruturado, mas fechando orçamento com dívidas milionárias. Competente em iludir, fazendo o torcedor achar que a AAPP está no patamar de time grande, quando não passa de um time, no máximo, mediano. O problema da AAPP é sua arrogância, que se faz presente em todos os setores, desde os cartolas dos gabinetes até aos torcedores das arquibancadas. A AAPP é aquele típico sujeito que era bastante pobre, e aí melhorou um pouquinho de vida e agora empinou o nariz, achando-se a última bolacha do pacote, o cara, o bam-bam-bam. Fato. Isso é fato. Contra fatos não há argumentos.

  8. Pois é Profeta, a AAPP lembra muito a Val Marchiori. Não era nada até se casar com um homem rico, fica pagando uma de madame, acha que faz parte da alta sociedade,etc, mas sem a mesada do maridão teria que fazer faxina para sobreviver.

  9. Sr Elias Aredes.
    Venho lhe agradecer mais uma vez, por ser esse jornalista coerente e imparcial, por isso faz com que as pessoas se incomodem tanto.
    Nesse texto referente ao estatuto da ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA PONTE PRETA, você está corretíssimo, porem essa diretoria de 21 anos, desrespeitou totalmente esse instrumento de construção e participação dos torcedores apaixonados e que são os verdadeiros alvi negros.
    Camisas coloridas que dito na rádio, pelo advogado deste clube, que eram apenas 4 ou 5 jogos, que foi em comemoração ao aniversario de Campinas e que o futebol europeu tem camisas coloridas blá, blá, blá, sempre se esquivando com as suas responsabilidades, lubridiou os torcedores e amargamos com o rebaixamento, onde uma dívida de mais de 100 MILHÕES e agora com a queda de arrecadação, quanto isso custará a mais a instituição.
    Se querem usar dessas premissas, que sejam iguais a eles, com administração transparente, coesa e comprometida e competente em ganhar e ser forte, também respeitosa com seus torcedores
    As cores tradicionais PRETO e BRANCO, foram mantidas hoje pelo esforço dos conselheiros que entupiram a mesa deliberativa com requerimentos de explicações e reparações.
    Novamente Elias você está respaldado em argumentos e fatos reais.
    Mas agora esse Sr Ariovaldo Casimiro Nesso, se gosta de sentar na janelinha do trem e escutar conversa fiada mesmo que seja no colo de alguém dessa diretoria, melhor começar a sentar no cimentão, ver e perceber a reação da torcida com essas camisas coloridas e agora com a verdadeira cara da macaca querida.