O Guarani pode estrear na Série B com apenas dois atacantes na frente. Ou sustentar o trio de ataque do Paulistão. Pode pintar uma ousadia maior e a equipe jogar as suas fichas em um esquema com três zagueiros. Não recrimine o técnico Daniel Paulista.
Além de fazer o que deve fazer todo treinador, que é a de buscar uma formação mais estável e confiável sob o ponte de vista técnico, o comandante bugrino com tal postura demonstra que não ficou satisfeito com aquilo que viu no Paulistão.
Ok, a atuação contra o Corinthians foi bacana, valente, destemida e quase gerou uma classificação heróica. E nos outros jogos? O fato é que contra times de médio porte ou pequenos, o Alviverde patinou. Falhou sistematicamente. E este perfil de equipe é que prevalecerá nos 38 jogos da segundona nacional.
Na maioria dos jogos, a receita será a de atacar, pressionar, conseguir o gol salvador e portar-se de maneira heróica na defesa. Convenhamos: o Guarani mostrou que está longe de mostrar esse desempenho redentor.
Teste Daniel Paulista. Teste até encontrar o time ideal dentro de um elenco limitado. O que não dá é ficar parado e conformar-se com a situação.
(Elias Aredes Junior-com foto de Thomaz Marostegan-Guarani F.C)