Nesta semana o Só Dérbi publicou um artigo sobre a proposta do retorno do Conselho de Supervisão. Qssunto que gerou polêmica. Marcos Garcia Costa, ex-presidente da diretoria e do Conselho Deliberativo defende o retorno da instituição; Pedro Maciel Neto, componente da atual mesa do CD coloca-se contrário á proposta por focar sua ação no fortalecimento daquilo que já existe, o próprio CD. Pois este embate e seu consequente debate é a melhor noticia que poderia existir para a vida pontepretana.
A Ponte Preta é clube de massa e tem a Macaca como símbolo. Por si só, já é uma declaração que coloca-se contra os excluído e que deseja dar voz a todos eles. Não é um time de cordeiros. Não tem torcedores que sentam nas arquibancadas e não tem o mínimo interesse na vida do clube. Precisa existir debate, discussão, cobrança, pressão. Estas são as características de um clube associativo e com participação coletiva.
Um pressuposto ampliado pelas redes sociais. Hoje, o trabalho de Mazola Junior é acompanhado com lupa. Torcedores opinam, apontam defeitos e não aceitam uma diretoria amorfa, sem iniciativa. Um comportamento que desemboca nos conselheiros, umaencarregada de cuidar da vida administrativa e política da alvinegra campineira.
Apesar dos resultados serem frustrantes no gramado, nunca a Ponte Preta foi tão viva, sagaz e atuante fora do gramado. Os assuntos são debatidos, discutidos e uma arena de debates é estabelecida. Democracia. Na veia.
Respeito todas as visões, mas o atual cenário aproxima a Ponte Preta do seu verdadeiro sentido histórico. Ou seja, um clube de origem campineira, apta a dar aos excluídos e focada na radicalização da democracia.
Neste sentido, sinceramente não vejo sentido a Ponte Preta ter um dono, alguém que solitariamente vai definir os destinos do elo de uma comunidade. O ideal é que todos abracem a democracia, respeitem as opiniões divergentes e busquem o consenso pelo diálogo. Fora disso, sempre faltará algo que identificará a verdadeira Ponte Preta.
(análise feita por Elias Aredes Junior)