Dúvidas que precisam ser sanadas pela W Torre antes da construção da Arena da Ponte Preta

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Neste domingo, este jornalista tentou entrar em contato com o empresário Walter Torre, proprietário da W/Torre e artificie do fundo imobiliário que vai reformar os estádios da Vila Belmiro e São Januário e ainda vai construir a nova Arena da Macaca.

Por intermédio de um interlocutor, ele agradeceu o convite e disse que neste momento prefere ficar em silêncio. Observação: direito dele.

Não é por falta de vontade a busca por esclarecimentos. Nos últimos dias, sempre entrei em contato com a assessoria de imprensa da Ponte Preta para conseguir viabilizar uma entrevista com algum integrante da comissão de construção do novo estádio e com isso tirar dúvidas dos torcedores e conselheiros. A resposta é padrão. Ou seja, que agora não é momento para falar porque ainda é preciso juntar alguns documentos antes de se submeter a avaliação da opinião pública.

O torcedor tem todo o direito de desconfiar da obra. Uma das perguntas pertinentes é a seguinte: a empreiteira tem condições de viabilizar esta obra? Não há risco de algum ponto do contrato parar nos tribunais?

Não é delírio. Desde que foi inaugurada, em 2014, o Allianz Parque é alvo de diversas polêmicas.

Em agosto de 2015, por exemplo, a empresa, responsável pela administração do estádio, teve seu pedido de falência decretado. De acordo com aquilo que foi descrito por veículos de comunicação na época, a JBL, encarregada pelo sistema de som, não proporcionava mais o serviço e a consequência foi que ocorreu a necessidade de improvisar com caixas de som no campo em alguns eventos.

Outro caso foi da Tejofan (encarregada da retirada de entulhos) que teria pedido a falência da arena por uma dívida de R$ 500 mil. As reportagens citam ainda a R Cevellini, do ramo de pisos e revestimos, tomou a mesma atitude e cobra mais: R$ 693 mil.

Na época, cogitou-se a AEG como nova controladora da Arena. O conflito foi resolvido. Mas a história ficou.

Assim como a decisão do Palmeiras entrou com um processo na terça-feira contra a WTorre, cobrando R$ 13.957.544,65 por quantias não repassadas de eventos na arena desde 2015.

Outros fatos poderiam ser citados e que estão na imprensa. Mas vou ficar apenas nesses porque dizem diretamente a atuação da construtora na administração de um estádio. Só por esse flash back já seria motivo suficiente para que explicações fossem concedidas. Aguardemos.

(Elias Aredes Junior)