Editorial: Palmeron Mendes Filho e as dificuldades para o exercício da Liberdade de Imprensa no futebol campineiro

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O Só Derbi é um portal que prima pela busca de informações. Quer esclarecer tudo aquilo que acontece nos clubes no gramado e nos seus bastidores.

Consideramos que o torcedores tem o direito de saber as movimentações financeiras e os problemas administrativos. Afinal, os clubes gozam de benesses tributárias e precisam esclarecer suas atividades. São entidades com interesse público.

Bem, tal conceito é válido quando a democracia e a liberdade de expressão estão em vigor. A ideia tem validade quando dirigentes não abraçam conceitos que flertam com a ditadura e o estado de exceção. Ou quando não querem apontar o dedo e pautar e ordenar aquilo que pode ou não ser publicado.

Pois bem. Há duas semanas, o Só Dérbi busca informações sobre as ações trabalhistas que tramitam tanto em Guarani como em Ponte Preta. O torcedor tem sim direito de saber qual o valor a ser destinado para o pagamento destas obrigações, o que no fundo tira, em médio e longo prazo, a capacidade financeira da agremiação de contratar reforços e montar times competitivos.

Este editor responsável por este portal lamenta que o presidente do Guarani, Palmeron Mendes Filho trilhe pelo caminho da falta de democracia, do cerceamento da informação e pior: de querer direcionar e impor pauta a um veiculo de comunicação. “Fale quando eu achar pertinente”. Não, aqui não.

Um dos repórteres entrou em contato com o presidente e sua resposta foi na linha que este “momento é de união pelo Guarani, em momento decisivo para conquistar o acesso na Série A2”. Detalhe: jornalista cobre o dia a dia do clube. Não é talhado para fazer festa ou comemoração com jogadores e torcedores. Deve retratar fatos e fiscalizar o poder. Só.

Digo mais: Palmeron deveria entender que não desvirtualizamos  o que é dito por eles, e sim nunca nos curvamos aos seus caprichos ou de qualquer dirigente que prima sua atuação pela vaidade e pelo recebimento do elogio fácil.

“Fale quando eu achar pertinente”, essa é sua linha de pensamento. Não, aqui não.

Infelizmente, o presidente bugrinos quer jornalistas que digam apenas o que ele deseja. Se fosse mais democrata, saberia que os principais veículos de comunicação do mundo cobrem os principais fatos esportivos e alegrias geradas pelos atletas, mas também acompanham tudo aquilo que é feito pelo poder e suas consequências.

Querer falar ou não com o Só Dérbi é um direito que o dirigente tem. A priori colocou-se à disposição para falar a partir do dia 08 de abril. Mas o que ele não pode e não deve é querer impor goela abaixo de jornalistas aquilo que pode e não pode ser escrito.

Os internautas e leitores podem ter a convicção, que independente daquilo que os dirigentes pensam ou querem impor por vias deploráveis, o Só Dérbi, dentro de seus limites continuará na luta por um jornalismo forte, independente e que cubra não só as alegrias mas também os problemas e desafios administrativos dos dois clubes de Campinas.

Não tratamos o internauta e leitor como um idiota, que contenta-se apenas com o resultado do jogo. A vitória é sim inerente ao futebol, mas a fiscalização das atividades de Ponte Preta e Guarani tem que ser obsessão de todo jornalista que honra sua profissão.

A verdade aqui é matéria prima. E não serão dirigentes que vão estipular o que podemos ou não fazer. Afinal, estamos ou não estamos em uma democracia? Fica a pergunta para os cartolas responderem.

(editorial escrito por Elias Aredes Junior – jornalista responsável pelo Só Dérbi)

6 Comentários

  1. Elias ;

    Entendo e respeito seu posicionamento, mas, agora não é momento de falarmos em contas , passivos e ativos. O Guarani precisa subir, precisa jogar o Paulistão e a Copa do Brasil o ano que vem.

    O foco agora deve ser o acesso, mesmo porque as contas continuarão lá quando a A2 terminar…

    Não adianta agora ficar discutindo isso…mas…qual é a estratégia da presidencia para conseguir este tão sonhado acesso….

    Tudo no seu tempo.

  2. Elias.. mas a gnt está numa democracia?
    Acho que só no papel…
    Já rasgaram a constituição tantas vezes desde que tiraram uma presidenta eleita que já nem sei se é democracia.
    Vide intervenção militar no RJ..
    Entre tantos outros casos de desrespeito à constituição.

    Mas sobre o artigo… vc está mais que correto ao escrever…

  3. Presidente eleita. Presidenta não existe.
    Foi um impeachment previsto na constituição.
    E Se ela não saísse viraria uma Venezuela o Brasil.
    Deixe de defender partido e pense no país e nas pessoas.

    Elias
    Vc só quer tumultuar…ponha a mão na consciência.
    NUNCA SERÃO.

  4. Ed Pereira
    Não discuto mais essas coisas.
    Pelo menos não com ignorantes e analfabetos políticos.
    Então voltemos à pauta da falta de transparência e liberdadede exercer a profissão que cerca o Brinco de Ouro.
    Se a gnt que é bugrino nao falar nada, vai ser pra sempre assim.
    Eu quero sim saber como estão as contas, como está pagamento das dívidas, afinal o estádio foi vendido para que houvesse o pagamento das mesmas.
    Como está sobre a Arena?
    E o pagamento dos impostos?
    Sem transparência e trabalho sério a médio e longo prazo nada vai pra frente.
    Vide Palmeiras e Flamengo.. já não tem mais dívidas com o estado… as ações trabalhistas estão todas devidamente encaminhadas..
    E olhe onde estão hoje em dia..
    Os dois passaram anos e anos nas mazelas e agora brigam por títulos…

    Se não acham a informação, seja ela feliz ou triste, pertinente, me desculpem, mas é por isso que estamos nessa tem tanto tempo…

  5. Ed Pereira.
    Presidenta ou presidente não importa, oq importa é que foi golpe sim.
    Atualmente várias universidades renomadas do Brasil, como a UNICAMP e UFBA aderiram a uma matéria nova.. E adivinha o nome da matéria? O Golpe de 2014.
    Então se vc acha que o Impeachment, da maneira que foi feito, estava previsto na constituição, aconselho vc a estudar oq realmente ocorreu, e também a ler a constituição, por que hoje em dia todo mundo fala dela, mas ninguém de fato, a leu.