A Ponte Preta vai encarar o Flamengo na próxima quarta-feira. Expectativa de que uma vitória seja obtida para que a equipe entre de vez na luta por uma das quatro primeiras posições. Neste processo louco que vive o futebol, o torcedor é passional. Eleva alguns a condição de heróis e elege vilões; Você já percebeu que alguns pontos que eram problema na Macaca hoje você não reclama mais? O que era tormento, motivo de angustia, transformou-se em sinônimo de alívio? São pequenas conquistas viabilizadas em médio e longo prazo. Não podem ser ignoradas.
O revés positivo mais óbvio está no gol. O torcedor pontepretano começou o ano sem confiar em Matheus e João Carlos. Não aguentava o revezamento feito pelos treinadores. Eis que a Aranha chegou. Assumiu a posição. Fez uma defesa mirabolante? Não. Desequilibrou alguma partida? Não. Só que sua presença deu tranquilidade aos zagueiros e na arquibancada ficou a certeza: a Ponte Preta só tomará gol quando não existir mais jeito.
O que dizer então de Nino Paraíba? Cheio de altos e baixos, falho na marcação e com descredito junto à torcida. Sua má fama era tamanha que seu substituto, Jeferson, permanecia como titular, apesar de suas atuações deficientes. Eduardo Baptista acreditou de que poderia recuperá-lo e hoje transformou-se em peça fundamental na marcação e também no avanço no setor ofensivo.
Thiago Galhardo foi outro que teve seu potencial colocado em dúvida nas rodadas iniciais do Brasileirão. Lento, disperso e sem imaginação eram alguns dos atributos colocados pelos torcedores presentes nas arquibancadas. Após as boas atuações diante de Atlético Mineiro e Corinthians, o atleta virou peça essencial no esquema do treinador da Alvinegra. Muitos hoje não conseguem enxergar outro para vestir a camisa 10 no elenco do que o ex-armador do Coritiba e Red Bull.
E Rhayner? Contratado após grande desempenho com a camisa do Vitória (BA), teve atuações irregulares sobre o comando de Vinicius Eutrópio e Alexandre Gallo. Motivo: jogava pela faixa central do gramado e não no lado direito, local em que foi descoberto pelo técnico Vagner Mancini no rubro negro baiano. Com calma, paciência e muita conversa, Eduardo Baptista trabalhou para a melhoria do atleta e hoje seja como titular ou reserva, Rhayner virou protagonista. Ou coadjuvante de luxo.
Aranha, Nino Paríba, Thiago Galhardo e Rahyner. Testemunhas de que o atua técnico pontepretano é não é apenas teórico. É prática. Para resolver.
(análise feita por Elias Aredes Junior)