Advogado e participante da iniciativa privada, o atual presidente do Guarani, Ricardo Moisés, anunciou que será candidato na eleição marcada pelo estatuto para ocorrer no máximo até o dia do aniversário do clube, no dia 02 de janeiro. “Eu falei que tiraria alguns dias no final do ano para pensar e refletir sobre a minha vida e, principalmente, sobre o que eu posso entregar ao Guarani. Acredito que, depois dessa reflexão, tomei essa decisão. Eu vou, sim, ser candidato”, afirmou o dirigente em entrevista ao repórter Carlos Rodrigues, da Rádio Central.
De acordo com ele, todas as movimentações serão realizadas para se viabilizar na parte política. “Agora, o objetivo principal é montar um Conselho de Administração que possa elevar o nível do Guarani. Que o Guarani possa voltar aos patamares que tinha de time grande, de time forte, brigando por classificação e chegando à final de campeonato. Esse é o objetivo”, completou.
Fiz tal preâmbulo para falar da oposição. Não vou gastar tinta a respeito dos planos e programas de Ricardo Moisés e de seu grupo político. Todos estão carecas de saber.
O que deseja e pretende a oposição? Em uma parte ela faz bem sua função, que é a de apontar erros e incoerências da atual administração. Mas quem deseja o poder tem que demonstrar quais os rumos que pretende tomar. Um plano de trabalho com começo, meio e fim.
Qual o objetivo para o Guarani daqui a cinco anos? Se Roberto Graziano não serve, o que será feito do processo de entrega do Brinco de Ouro? Vão buscar anulação? Tentar entendimento com o empresário?
E no curto prazo? Quem assume o futebol? De onde virá o dinheiro? O que se pretende? Manutenção ou algo mais ambicioso? E as ações trabalhistas? Como serão pagas? De que maneira?
E sem ficar em cima do muro. Qualquer pedaço de arquibancada do Brinco de Ouro sabe que Horley Senna, um dos líderes da oposição, tem alto índice de rejeição. E o que se faz em relação a isso? Vai esquecer? Ignorar? O Guarani só sairá desse quadro com grupos políticos que tenham ideias e projetos. E que consigam mobilizar não só o eleitorado registrado para votar, mas também a torcida.
Todos especialistas dizem que é preciso que o candidato oposicionista venda esperança. Incuta um sentimento no seu eleitor de que o amanhã será melhor que a atualidade. Sem isso, não há dúvida de que o eleitor vai preferir continuar com o que está.
Oposição sem propostas, ideias, rumo e planejamento fica apenas na critica. Que depois vira ódio. E não acrescenta nada.
(Análise feita por Elias Aredes Junior)