Interessante como algumas expressões ou frases são utilizadas de modo equivocado e inconsciente. Logo após o embate na Vila Belmiro, vários veículos de comunicação enfatizaram o confronto mas com a predileção de exibir o conceito de que o Alvinegro praiano caiu fora da competição. Engano: foi a Macaca que obteve a classificação. Na bola.
O conceito deveria ser utilizado se a Ponte Preta fosse beneficiada por um jogo santista com grande volume de jogo e que gerasse uma bola fortuita e que a Macaca chegasse ao gol redentor. Não foi nada disso.
O primeiro tempo deixou a desejar para as duas equipes. Ninguém jogou futebol e o gol santista foi fruto de uma desatenção da zaga pontepretana.
No segundo tempo, a história foi diferente. Deu para perceber nitidamente que Brigatti e sua comissão técnica tentaram criar uma conjuntura para aproveitar-se da expulsão do atacante Marinho, que até naquela altura era o principal destaque do duelo.
O que fizeram? O time foi adiantado para o campo ofensivo e pressionou o Santos; abusou da bola parada e celebrou o empate com Bruno Rodrigues. Insistiu na estratégia e conseguiu a virada. E na sequência não teve força física e inspiração para empatar. Quando o enfoque jornalistico é para a desclassificação do Santos a impressão é que a Macaca não fez nada para merecer. Não foi nada disso.
Tradução: a Ponte Preta, dentro de suas limitações buscou e perseguiu o resultado. Não caiu do céu. Não foi um acidente. Não foi o Santos que perdeu, foi a Ponte Preta que ganhou. Merecidamente.
É algo bobo? Sim. Mas no Brasil atual somos obrigados a reafirmar até aquilo que é óbvio.
(Elias Aredes Junior- foto comunicação Santos)