Jorge era o gráfico e uma espécie de faz tudo no Sindicato dos Eletricitários, entidade em que estou inserido até hoje. Ele era o típico brasileiro, com boas sacadas e humor popular. Um bugrino doente. Acompanha até hoje o seu time do coração. Para situações embaraçosas, ele tinha uma frase na ponta da língua: de qualquer jeito não tem jeito.
Uma frase que ganha relevância ao analisar a situação no gol do Guarani.
O torcedor não tem um dia de paz. Rafael Martins foi contratado para dar estabilidade a defesa. Além de alguns erros na saída de gol o ex-arqueiro do Brasil de Pelotas ficou notabilizado por um lance de puro descontrole emocional e que culminou com sua expulsão. Como agora encontra-se em recuperação de uma lesão na face, todas as esperanças ficam depositadas em Gabriel Mesquita.
Que ainda causa calafrios no torcedor. No primeiro tempo contra o Náutico, ao tentar dominar uma bola quase colocou tudo a perder. No segundo tempo, faltou mais atenção no lance do segundo gol. E fez relembrar suas participações em lances passados e que geralmente traziam desconforto às arquibancadas.
Não há saída.
É preciso confiar em Gabriel Mesquita para os jogos contra o CSA e o dérbi 200. Nem a direção do clube como o preparador de goleiros Silvano Austrália emitiram algum sinal para o público externo de que Lucas Cardoso e Thiago Gálice, os reservas imediatos, vão receber uma oportunidade. Ou que um outro goleiro será contratado.
Aguardar que as falhas desapareçam. Até porque o torcedor não aguenta mais tanta decepção.
(Elias Aredes Junior)