O presidente do Guarani, Ricardo Moisés, já declarou sua intenção de estreitar o relacionamento com o juiz responsável pelo Núcleo de Execuções, Rafael Martins e assim evitar qualquer imprevisto judicial. Na sentença publicada no dia 22 de novembro e acessada pela reportagem do Só Dérbi, existem dados que justificam a preocupação do dirigente.
Na sentença, o juiz reproduz uma resolução do dia 05 de novembro de 2019 da Justiça Trabalhista e que reforça a disposição do poder judiciário em promover um cerco e assim quitar as dividas do Guarani com trabalhadores e prestadores de serviço.
O texto determina que a penhora seja ampliada para valores obtidos por patrocinios, venda de atletas e bilheterias. Tudo para quitar valores que ainda estão remanescentes.
Existe até uma instrução de como a empresa que queira patrocinar o Guarani deve proceder. “Quanto aos patrocinadores, expeçam-se mandados ou cartas precatórias, nos moldes acima delineados, ordenando aos patrocinadores que depositem integralmente o valor de crédito do Guarani Futebol Clube nestes autos, apresentando também a cópia do contrato de patrocínio (…)”, afirma o trecho da orientação inserida na sentença publicada no dia 22 de novembro.
E não para nisso. Diante da venda do estádio Brinco de Ouro ao empresário Roberto Graziano, a sentença determina uma ocorra uma “caçada” a qualquer patrimônio que esteja em nome do Guarani e que possa servir como gerar recursos para pagamento. “(…)Considerando que o feito caminha para a formalização do plano de pagamento e mais, que a única garantia patrimonial na reunião de execução do executado foi arrematada, quando da análise do plano de pagamento, o executado deverá indicar a existência de outros bens imóveis passíveis de se constituírem em garantia patrimonial ou ainda, passíveis de oferta à hasta pública, como forma de aperfeiçoamento da celeridade processual, buscando a brevidade na quitação de todas as dívidas elencadas no quadro de credores do executado. (…)”, completou o despacho da Justiça.
Em declaração a reportagem do Só Dérbi na quinta-feira, o presidente bugrino Ricardo Moisés, que também é advogado, já estipulou como objetivo conversar com o juiz de execução para esclarecer todas as dúvidas do magistrado. Ele reforça, entretanto, que a atual perita nomeada vem elogiando seguidamente o trabalho do Guarani na parte financeira e administração dos recursos.
De acordo com informação do futebol interior, o Guarani pensa em construir uma nova Arena, CT e sede no terreno da Bandeirantes e que pertence ao Guarani. Um plano que pode vir a ser atrapalhado se a orientação da Justiça for levado ao pé da letra.
(Texto e reportagem: Elias Aredes Junior)