Especial: Quais os técnicos protagonistas na história da Ponte Preta? Eduardo Baptista conseguirá entrar na galeria?

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Eduardo Baptista reiniciou o seu trabalho na Ponte Preta. Trabalha na remontagem de uma equipe com objetivo de fazer uma campanha digna no Paulistão e, depois, conquistar o acesso na Série B. De um jeito ou de outro, ele sabe que a conquista de um título lhe faria entrar em uma galeria restrita, a dos maiores treinadores da história da Macaca.

Alguns passaram perto. Gilson Kleina ficou bem próximo neste século. Ficou em terceiro lugar na Série B de 2011, semifinalista do Paulistão de 2012 e vice-campeão paulista de 2017. Fica atrás apenas de Nelsinho Baptista, que em 2001 parou na semifinal do campeonato regional, diante do Botafogo de Ribeirão Preto, e na semifinal da Copa do Brasil para o Corinthians. Não se deve esquecer ainda de Sérgio Guedes, condutor da vitória épica contra o Guaratinguetá e que parou apenas no Palmeiras comandado por Vanderlei Luxemburgo. Jorginho, por sua vez, ficou em segundo lugar na Copa Sul-Americana de 2013, mas amargou um rebaixamento na Série A do Brasileirão.

O pódio de treinadores é formado por profissionais que atuaram nas décadas de 1970 e 1980, cuja descrição faremos abaixo. Este colunista já fez uma listagem semelhante, porém decidiu patrocinar alterações. O futebol provoca um dinamismo intrínseco.

1º – Zé Duarte– Este militante do futebol amador e com trânsito nos dois clubes de Campinas tem feitos notáveis na Macaca. Foi o técnico campeão na Divisão Especial em 1969 e que revelou jogadores do porte de Oscar Salles Bueno Filho, o Dicá. Em 1977, foi o arquiteto e comandante da melhor equipe da história da Ponte Preta, que perdeu para o Corinthians na final. Dois anos, nova façanha: venceu as duas semifinais do Paulistão contra o rival Guarani. De fácil trato, dotado de uma inteligência emocional rara, é um daqueles profissionais que fazem falta no mundo da bola, 13 anos após o seu falecimento. Tem 245 jogos no banco de reservas da Alvinegra.

2º – Jair Picerni- O ex-lateral-direito da campanha de 1977 foi o treinador de um ano especial na história da Macaca: 1981. Sob o seu comando, a Ponte Preta venceu o Guarani no Dérbi do Século por 3 a 2 e faturou o título do primeiro turno do Campeonato Paulista. Fez um Brasileirão histórico e na semifinal contra o Grêmio. Apesar da derrota por 3 a 2 no jogo de ida no Majestoso, Picerni foi capaz de reanimar o time e o segundo jogo foi vencido por 1 a 0, diante de 98 mil pagantes no estádio Olímpico. Tem 140 jogos no banco de reservas.

3º – Cilinho- Aos 78 anos e recluso, o treinador, vice-campeão paulista de 1970, pode se gabar de ter sido o único a criar um grupo de admiradores dentro do Majestoso, os Cilinistas. Sua obsessão em valorizar os valores das categorias de base e de sempre bater de frente com os dirigentes lhe gerou muitos adeptos e adversários. É o técnico mais polêmico da história da Ponte Preta. E é o técnico com maior numero de jogos na Ponte Preta, com 345 jogos, com 144 vitórias, 108 empates e 93 derrotas.

(análise de Elias Aredes Junior)