Especial: Quais os técnicos protagonistas na história do Guarani? Umberto Louzer entrará na galeria?

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Umberto Louzer é novato. Recebe a sua primeira chance em uma equipe de ponta do futebol brasileiro. O Guarani pede que os resultados sejam rápidos. A história também. Dilacerada com uma montanha de decepções nos últimos anos, o torcedor bugrino espera para que apareça um profissional capaz de trepidar o pódio dos heróis do banco de reservas.

Inegável que alguns estão fixados na memória, como Marcelo Chamusca, adepto a um futebol pragmático e capaz de levar o Guarani a Série B em 2016. Ou ainda Vilson Tadei, que transitou entre o céu e o inferno: responsável pelo time do vice-campeonato da Série A-2 em 2011 e depois pelo rebaixamento em 2012. Gainete e seu trabalho que culminou com o vice-campeonato brasileiro em 1986 e Carbone, protagonista no segundo lugar do Paulistão de 1988 e da Série A-2 de 2007, devem serem lembrados. Assim como Luciano Dias, hoje responsável pelo futebol do Guarani e que levou a equipe a segunda posição da Série C em 2008.

O desafio de Umberto fica gigantesco se pesquisarmos aqueles presentes no pódio o Brinco de Ouro:

1º Carlos Alberto Silva – A presença de um busto em sua homenagem já justifica sua liderança entre os principais técnicos da história do Guarani. Anteriormente já listei Zé Duarte como o principal da história, mas os números são inquestionáveis: campeão brasileiro em 1978, quarto lugar na Libertadores de 1979, terceiro lugar no brasileiro de 1994 e participante dos play-offs nos brasileirões de 1996 e 1999. Seu desempenho é tão notável que nem o rebaixamento em 2001 é capaz de macular uma trajetória tão marcante. São 297 jogos no comando do Alviverde em seis passagens.

2º Zé Duarte – O treinador com maior número de jogos com o Guarani, com 404 jogos. Trabalhou cinco temporadas seguidas sob o comando de Leonel Martins de Oliveira e foi demitido após o empate por 2 a 2 com a Portuguesa no dia 21 de abril. Sua segunda passagem foi a mais marcante, com a conquista da Taça de Prata em 1981 e o terceiro lugar no Campeonato Brasileiro, quando teve aproveitamento de 85% dos pontos disputados e só parou na semifinal, perdendo do Flamengo de Zico por 3 a 2, no Brinco de Ouro, o maior público da história do estádio. José Duarte ainda teve passagens em 1987 e 1990, mas sem o mesmo brilho.

3º Oswaldo Alvarez – São 204 jogos no Guarani. Gestões realizadas em uma mescla de confusão e desafio. Em 1997, com psicologia e tato, Vadão tirou o time de um rebaixamento que parecia certo na divisão de elite. Ficou mais de um ano sob o comando de Beto Zini, recorde total na administração do dirigente. Voltou em 2009 e foi o arquiteto de um elenco responsável por 69 pontos e o vice-campeonato na Série B. Três anos depois, apesar da situação financeira caótica, levou a equipe a decisão do Paulistão e só parou diante do Santos de Neymar. No ano passado, não foi feliz na Série A-2, mas os seus 31 pontos conquistados foram vitais para a permanência na segundona nacional.

(análise de Elias Aredes Junior)

3 Comentários

  1. Carlos Alberto Silva foi o maior. O treinador número um do Guarani.

    Também tenho muito carinho pelo Carbone. O que ele fez na A2 de 2007 foi épico.