Apesar da cobrança pública por um camisa 10, a Ponte Preta não tem sofrido quando o assunto é criação de jogadas. A grande dificuldade é conseguir transformar as oportunidades em gols marcados. O problema voltou a acontecer na vitória em cima do Figueirense, quando os atacantes não balançaram as redes para matar o jogo com antecedência – Felipe Saraiva garantiu os três pontos em Florianópolis somente aos 44 minutos do segundo tempo.
A ineficiência ofensiva incomoda bastante João Brigatti. O treinador interino admitiu frustração com o desempenho nos últimos jogos. “Não podemos criar tantas oportunidade e não converter em gols. Quero uma análise completa do meio campo e ataque para que o jogador que sai em velocidade possa fazer melhores opções. Vamos mostrar isso para terem mais oportunidades. É preciso mostrar evolução e concluir melhor”, pediu o comandante.
Segundo dados do Footstats, os homens de frente da Macaca têm 74 chutes ao alvo na Série B do Campeonato Brasileiro, média de 5.7/jogo – só é superado pelo Avaí com 75 – e 43,5% de acerto ao alvo. Em contra partida, são apenas 13 bolas na rede, ao lado do Criciúma – Vila Nova, Brasil de Pelotas, CRB, Londrina e Boa Esporte têm números inferiores nesse quesito.
Uma das explicações diz respeito ao momento vivido por Júnior Santos. O camisa 9, contestado pela torcida, marcou apenas duas vezes desde abril e tem tido dificuldades para encontrar o gol. Felippe Cardoso, em tratamento de pubalgia, e John Kleber, em fase final de recuperação após lesão no ligamento do joelho, são as demais alternativas. O garoto, aliás, uma das principais apostas das categorias de base, não entra em campo desde novembro de 2017, mas começa a treinar com bola junto ao elenco para voltar a ser relacionado.
Luís Fabiano faz trabalho junto ao Departamento Médico desde abril e, se reunir condições físicas, pode ser contratado no segundo semestre.
(texto e reportagem: Lucas Rossafa/foto: Fábio Leoni – Ponte Press)