O futuro de Marcelo Chamusca à frente do comando técnico da Ponte Preta não será definido nesta quarta-feira. As reuniões envolvendo o presidente José Armando Abdalla Júnior, e Marcelo Barbarotti, gerente de futebol, vão ser estender pelas próximas horas e o martelo só será batido nesta quinta-feira.
A pressão sobre o baiano de 51 anos cresceu consideravelmente depois da derrota para o Brasil de Pelotas, postulante ao rebaixamento, no Estádio Moisés Lucarelli. A série de oito jogos sem vitória e os 20% de aproveitamento na Macaca deixam o treinador com a corda apertada no pescoço – três empates e duas derrotas.
O que pesa contra a Macaca, neste momento, é a falta de opções no mercado da bola. João Brigatti, por exemplo, depois de pedir dispensa no começo de setembro, está empregado no Paysandu. Assim, os mandatários têm trabalho redobrado para escolher, com convicção, o nome mais adequado para apagar o incêndio e livrar o time de novo descenso.
Em entrevista coletiva, minutos depois do tropeço para o Xavante, Chamusca despistou sobre risco de demissão. “O desempenho é muito pouco para o que a gente precisa. Necessitamos de uma sequência de resultados e não consegui isso nos cinco jogos. Eu tenho uma parcela grande de responsabilidade porque sou treinador. Quando aceitei a proposta, vim sabendo da responsabilidade e das dificuldades que enfrentaria. Na época, estava pegando uma equipe que vinha em momento difícil e com pouco tempo útil de treinamento. Infelizmente, não tivemos os resultados e melhoramos muito pouco na performance em campo”, argumentou.
“Eu vim para Campinas na tentativa de realizar um trabalho e estou realizando. É a única coisa que posso falar. Esse tipo de questionamento tem de ser feito para o clube e não para mim. Cheguei para trabalhar até o final da Série B, quando se encerra o meu contrato. Vou continuar fazendo e procurar dar o máximo no meu trabalho. Porém, o problema da Ponte Preta não é só o Marcelo Chamusca. Aliás, está muito longe disso”, emendou.
Sem vencer desde a metade de agosto, a Alvinegra tem seis pontos a mais em relação ao Juventude, primeiro integrante da zona de rebaixamento e pode perder duas posições na tabela dependendo dos resultados de Coritiba e Criciúma.
O próximo compromisso da equipe acontece no sábado, 06 de outubro, véspera das eleições, diante do CRB, novamente em Campinas.
(texto e reportagem: Lucas Rossafa/foto: Fábio Leoni – Ponte Press)