Guarani e Daniel Paulista: não está na hora da concessão de um voto de confiança mais duradouro?

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Medidas pontuais na escalação. Pablo no lado direito para puxar o contra-ataque, a manutenção de Davó no setor ofensivo e Andrigo como camisa 10 e armador. Uma equipe bem posicionada e com poder de marcação e capaz de agredir o adversário e de certa maneira encurralá-lo no Baenão. Empatou. Mas o Guarani foi uma equipe com começo, meio e fim.

É cedo para tecer um diagnostico definitivo. É temerário cravar se será um sucesso ou o fracasso virá logo adiante. De algo podemos dizer: o técnico Daniel Paulista deveria merecer um voto de confiança mais duradouro das arquibancadas virtuais.

Contratado com a missão de reverter a rejeição inicialmente emanada das redes sociais, o ex-volante demonstra características interessantes.

Primeiro a capacidade de trabalhar e fazer o time evoluir.

O Guarani que empatou com o Vitória e depois goleou o Operário não foi o mesmo que perdeu do Náutico (mas teve alguns momentos) e que colheu empate contra o CSA. Percebe-se que a cada partida uma jogada nova é incluída, uma nova movimentação é apresentada e jogadas são trabalhadas. Se vai dar certo ou não é outro papo. Existe determinação em fazer a equipe melhorar e com o material humano que têm em mãos.

Vou além: Daniel Paulista demonstra imersão no trabalho. Veste a camisa. Prova disso foi a sua postura no tratamento que teve no derbi. De forma indireta, o treinador ouviu a torcida e se envolveu no clima. Sem se deixar levar pela passionalidade.

Falta algo? Sim, concordo. Aguardo mais ultrapassagens pelos lado do campo, uma bola parada mais venenosa, uma variação na saída de bola sem depender apenas e tão somente de Bruno Silva e um trabalho mais específico com Davó na apuração das conclusões.

No entanto, é fato que Daniel Paulista se entregou de corpo e alma ao trabalho no Guarani e quer fazer de tudo para dar certo. Construir um clima positivo é a missão da torcida. Cobrar sim. Reclamar e chiar sobre determinadas decisões é do jogo.

Mas é preciso entender que o treinador dá o seu melhor e deveria receber uma dose generosa de compreensão em determinados instantes. Para o bem do próprio Guarani.

(Elias Aredes Junior- Com foto de Marcos Ortiz/Guaranifc-Divulgação)