Guarani e o mérito na estreia do Paulistão: transformou parte da teoria em prática. E deu certo

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Nos últimos anos, a torcida do Guarani foi protagonista de seguidas decepções, especialmente porque os discursos não correspondiam a prática. Profissionais com palavreado empolado, cheio de poses e que faziam malabarismos para transmitir a sensação de que estavam corretos em suas teses. O gramado era imperdoável.

Talvez a principal noticia da vitória do Guarani sobre a Internacional de Limeira por 4 a 0 nem foi o placar ou mesmo as atuações de Lucas Crispim, Junior Todinho ou de Giovanny.

O saldo positivo é que o torcedor e o especializado em futebol ficou com a sensação de que a pré-temporada não foi tempo perdido. Existem pontos a serem corrigidos, como a marcação dos laterais e o pequeno atraso na recomposição.

É impossível ignorar que quando a Internacional tinha a bola não penetrava dentro da área devido ao paredão postado a frente da grande área. Com o dinamismo dos volantes Deivid e Lucas Abreu, o Guarani tinha criatividade e variedade. Podia virar o jogo para acionar Bidu ou tentar uma jogada por dentro para usar a força de Junior Todinho.

Triangulações pelos lados e a bola parada ofensivo foram outros atributos apresentados pela equipe. Mas nada disso surgiu do nada. Certamente foi fruto dos treinamentos, atividades com bola e posicionamentos durante a pré-temporada no Oscar Inn.

Entretanto, o futebol é ingrato. Pode acontecer uma atuação desastrosa contra Santos e Mirassol e daqui a 10 dias estarmos com foco em outras demandas. Ou assistirmos ao delírio coletivo em caso de arrancada fulminante.

Algo, porém, é impossível deixar de constatar: Thiago Carpini transportou parte da teoria para a prática. Não é pouco.

(Elias Aredes Junior)