Guarani e seu destino: atuar mais retrancado e por uma bola na Série B. Tem jogador para cumprir a missão?

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Erramos. Todos. Cronistas, torcedores, dirigentes. No Campeonato Paulista, acreditávamos que o Guarani faria uma campanha segura na Série B do Campeonato Brasileiro. Talvez até lutasse pelo acesso. Ledo engano. A limitação da equipe salta pelos poros. Não faltam especulações sobre o novo treinador: Paulo Roberto Santos, Alberto Valentim, Eduardo Barroca. Independente daquilo que for decidido pelo Conselho de Administração, algo precisa ser dito: o estilo de jogo terá que mudar.

Thiago Carpini conquistou a confiança da torcida no ano passado ao apostar na valorização da posse de bola, aproximação entre os setores e uma postura propositiva. Nesta concepção, alguns destaques apareceram como o lateral-esquerdo Bidu e Arthur Rezende. Neste ano nomes como Junior Todinho e Rafael Costa tiveram seus lampejos.

Não há como fugir da constatação: o Guarani tem um sistema defensivo frágil. Mal posicionado e que dá brecha. Quando toma iniciativa de jogo, tem dificuldade de recomposição e o oponente aproveita-se. Especialmente nas jogadas de bola aérea.

Qual a saída? Reforçar a defesa, atuar com volantes de contenção para proteger os beques e apostar nas jogadas de velocidade para surpreender. Tradução: jogar por uma bola.

Bem,  existe um problema. Como fazer isso sem jogadores genuinamente de velocidade? Pois é. Deixaram tudo na mão do treinador Thiago Carpini em relação a montagem do elenco. Ele foi demitido. Agora, o Alviverde está na sinuca de bico: com jogadores limitados e que na prática só atuam de uma única maneira.  Waguininho? Esqueça. Não cumpre a missão. Nem Junior Todinho, que é um atleta competente em pequenos trechos.

Uma equipe precisa se retrair e atuar com velocidade. E não tem um atleta no qual se possa confiar. Dureza. (Elias Aredes Junior- foto Álvaro Júnior-Pontepress)