Depois de quatro anos na Série C, o Guarani iniciou o ano deixando o torcedor repleto de esperanças para a disputa da Série A2 do Campeonato Paulista e da Série B do Brasileirão. Isso, no entanto, ficou apenas na teoria. Independente das eliminações e frustrações dentro de campo, a média de público da temporada ficou abaixo do esperado. A torcida ultrapassou a marca dos 10 mil presentes no Brinco de Ouro em apenas uma oportunidade.
A partida contra a Portuguesa, na reta final da Série A2, reuniu 10.802 torcedores no estádio bugrino, mas ficou por aí. O Alviverde terminou a competição estadual com a melhor média – 4.171 por jogo -, mas não enfrentou grandes concorrentes. Água Santa (2.616) e XV de Piracicaba (2.149) fecharam o pódio.
A decepção foi ainda maior na Série B. Mesmo com o retorno ao campeonato após quatro anos na terceira divisão, a permanência no G4 durante 15 rodadas – sendo que o time foi líder em quatro delas -, além de não ter entrado na zona de rebaixamento, o Guarani não registrou em nenhum jogo um público acima dos 10 mil. O melhor público foi no encerramento do primeiro turno, na partida contra o Inter, quando 8.673 torcedores compareceram.
No ranking da Série B, de acordo com dados da CBF, o Guarani terminou com a 12ª melhor média de público na competição. A média de 3.800 torcedores por jogo ficou abaixo do rebaixado Santa Cruz (4.100) e muito distante do líder Internacional (23.307). No balanço geral, foram 26 jogos na temporada com apenas 21% da taxa de ocupação do Brinco de Ouro. Média de 3.958 pessoas.
Com a permanência do time na Série B e a volta do dérbi, a diretoria acredita que 2018 pode marcar um aumento significativo na média de público do Bugre, mas a campanha do time na Série A2, agora sob comando de Fernando Diniz, aparece como fator preponderante para a análise deste número.
(texto e reportagem: Júlio Nascimento)