Com resultados positivos e diante de uma campanha tranquila até o momento na Série B, o Guarani já negocia contratos de patrocínios para os próximos anos. Uma das conversas engloba a substituição da fornecedora de material esportivo, algo que caminha a passos lentos entre os dirigentes, mas se faz necessário após o não cumprimento de alguns acordos com a atual empresa responsável pelo uniforme do clube.
A Topper possui contrato com o Guarani até o final de 2020, mas o vínculo não está totalmente assegurado. O compromisso não tem valor fixado, apenas em caso de acessos nas divisões que disputa, além de royalties e materiais.
A gestão atual do presidente Horley Senna não tem por hábito quebrar contratos. A ideia inicial é de cumprir a parceria com a Topper até o encerramento, mas não está descartada a troca se a atual patrocinadora não arcar com os possíveis prejuízos financeiros. Em um contrato vazado na última quarta-feira, o compromisso era de fornecimento de material a partir de janeiro – o que não ocorreu.
Em diversos momentos na Série B, o Guarani utilizou materiais da Joma, antiga patrocinadora, principalmente para a comissão técnica e o casaco de alguns atletas. Para não mostrar o emblema do antigo fornecedor, fitas pretas foram utilizadas para esconder o nome Joma e não causar novos problemas. De acordo com o artigo 2.4 do contrato, o enxoval completo deveria ter sido entregue até a segunda quinzena de maio, o que não ocorreu.
Diante dos problemas de comercialização e distribuição, torcedores do Bugre se revoltaram nas redes sociais solicitando o rompimento do contrato com a Topper. A assessoria da equipe campineira tentou apaziguar a situação no final de maio com uma nota de esclarecimento afirmando que “O enxoval está sendo confeccionado e será distribuído conforme a programação estipulada em contrato”. A nota foi postada 11 dias depois do prazo colocado em contrato.
Uma reunião entre as partes deve ocorrer nos próximos dias. Os constantes atrasos têm incomodado a direção do clube, que está disposto a discutir o fim da parceria. O contrato entre as partes possui uma cláusula que permite a rescisão neste caso. Ainda aguardando ser oficializado presidente do clube, Palmeron Mendes Filho promete esclarecer o caso nos próximos dias ao lado do superintendente Anaílson Neves.
(texto e reportagem: Júlio Nascimento)